Edição 70 / Novembro de 2011
Por Juliana Iwashita
A economia de energia e a sustentabilidade são dois grandes motivadores para o uso eficiente da iluminação. O cenário atual é favorável a aplicações de tecnologias mais modernas e eficientes em função do crescente aumento dos preços da energia elétrica nos últimos anos e em função da busca por certificações de edificações como o LEED, que objetivam disseminar práticas sustentáveis e ambientalmente corretas nas construções.
Dessa forma, o uso de equipamentos mais eficientes e ecologicamente corretos, como Leds, lâmpadas econômicas como fluorescentes T5 e luminárias de alto desempenho, são fatores essenciais para que os projetos luminotécnicos obtenham menores cargas instaladas.
Outro recurso importante para otimizar o consumo de energia após ter o projeto bem dimensionado com equipamentos eficientes é a utilização de sistemas de controle de iluminação. O controle, seja manual ou automático, é fundamental para que o usuário ou o administrador da edificação possa atuar sobre os horários de não ocupação ou quando existirem condições satisfatórias de iluminação natural, possibilitando economizar energia elétrica. Sensores de presença, de luminosidade e sensores integrados (presença mais luminosidade) são recursos cada vez mais comuns em instalações comerciais que visam economizar energia elétrica. A Figura 1 ilustra o perfil de consumo de energia de uma instalação com sensor de presença e luminosidade, considerando o uso da iluminação artificial apenas quando existe detecção de presença e quando a iluminação natural não é suficiente.
Figura 1 – Potencial de economia de energia com sensor de presença e luminosidade. Fonte: Osram.
A inserção de controles individuais agrega, principalmente, a possibilidade de o usuário adequar a iluminação às suas necessidades e exigências particulares. Isto garante a ele maior conforto visual e ambiental e conseqüentemente um maior potencial de produtividade.
Os sistemas de controle da iluminação podem se integrar também a outros sistemas de controle, sendo gerenciados pela automação predial. Esta é outra tendência do segmento: possibilitar acesso remoto pela internet por computadores ou smart phones, integrando-se a sistemas de segurança e horários de ocupação das edificações. Para isso podem ser usados diversos protocolos de controle de iluminação, tais como DALI, 0-10V, DMX, ZigBee, entre outros.
O controle da iluminação passa a ser então um recurso importante para gerenciamento, controlando a operação e a manutenção dos sistemas. Avançados sistemas de controle podem indicar os pontos de luz com problemas ou monitorar o tempo em que os equipamentos ficaram ligados e, com isso ajudar, na manutenção, seja corretiva como preventiva.
Além disso, o controle dos sistemas de iluminação pode possibilitar a criação de cenários de iluminação para os ambientes, isto é, possibilitam a criação de diferentes cenas para diferentes ocasiões. Este recurso vem sendo muito explorado em ambientes dinâmicos como auditórios e salas de reunião.
Os controles possibilitam ainda a dimerização da iluminação e a alteração da tonalidade da cor da luz conforme diferentes horários do dia. Luminárias com fontes de luz com diferentes temperaturas de cor e controles dimerizáveis em conjunto com um software controlam o tempo e essa mudança de cor.
Figura 2 – Variação da temperatura de cor da luz no mesmo ambiente. Fonte: Zumtobel.
Dessa forma, os sistemas de controles permitem diversas vantagens ao sistema de iluminação, desde controles simples (liga-desliga) que atendem a condições específicas do usuário, controles automáticos através de sensores de presença e/ou luminosidade até controles mais completos e complexos que gerenciam o sistema de iluminação como um todo. As vantagens são diversas: economia de energia, ganhos operacionais e de manutenção, conforto e aumento de produtividade podem ser elencados como os principais.