A geração de eletricidade a partir da fonte solar conquista novos adeptos a cada dia. A escolha por essa modalidade se relaciona tanto pelo uso consciente dos recursos naturais quanto pelos benefícios proporcionados no custo-benefício dessa aquisição, que incluem autonomia, qualidade, economia e, até mesmo, as isenções e demais políticas de incentivo à instalação de usinas fotovoltaicas.
Esse contexto reflete na capacidade produtiva do setor. Informações divulgadas pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) dão conta de que, desde julho de 2022, tem-se um aumento médio de 1 GW ao mês. Tal constância fez com que, em um ano, o crescimento total se aproximasse dos 83%.
Matriz energética
Em termos de potência, até meados da metade do ano passado a solar ficava atrás apenas da eólica e hídrica, respectivamente. Agora, com o valoroso acréscimo, a área produtiva superou a eólica e começou a competir com a geração das hidrelétricas. Para fins comparativos, a capacidade instalada é quase proporcional a de duas usinas de Itaipu, que, originalmente, possui 14 GW de potência e se firma entre as maiores do mundo.
Historicamente a produção de energia elétrica no Brasil tende a priorizar modelos ecológicos. Entretanto, estes devem ser economicamente viáveis e, por consequência, compatíveis com os recursos naturais disponíveis. A criação das represas e dos parques eólicos, que exploram a água e o vento, são evidentes exemplos das tentativas de uma geração limpa.
Por isso, a simples concepção de produzir eletricidade a partir da luz do sol justifica o tamanho do apoio encontrado no país. Junto desse fato, soma-se a liberdade de instalar placas solares em imóveis particulares e públicos e/ou residenciais e comerciais, além da concessão de financiamentos e da redução nos custos mensais na conta de energia para formar o pacote idealizado pela maioria da população.
Usinas fotovoltaicas
A primeira estação de usina solar brasileira e latino-americana foi construída em 2011, na cidade cearense de Tauá, devido aos altos índices de radiação do lugar. Diante da geração elétrica e dos créditos energéticos abatidos na conta de luz, a produção ganhou uma formalização legal. Assim, a partir da Resolução ANEEL 485/2012, ficou permitido o uso de outras fontes renováveis de energia.
Ao longo dos mais de dez anos de existência, a energia solar comprovou ser uma alternativa sustentável e acessível para diferentes públicos. Estimativas do setor indicam que, após a instalação dos painéis, é possível diminuir até 90% dos custos com eletricidade, além de reduzir a demanda energética das centrais hidrelétricas. Com o controle de gastos, a modalidade permite o redirecionamento das verbas para outros setores da economia.