O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, nesta quinta-feira (27/04), o Boletim Mensal de Energia, referente ao mês de janeiro de 2023, que traz como um dos destaques o aumento do intercâmbio de energia elétrica no início deste ano, atingindo cerca de 1.134 MWmed de exportação líquida para a Argentina.
O excedente indica que, dada a geração hidráulica em patamares elevados e o crescimento de renováveis intermitentes (como solar e eólica), o país conseguiu manter o perfil de exportação observado desde maio de 2022, contrastando com o tradicional caráter importador que possuiu ao longo dos anos com o país vizinho.
O aumento das renováveis segue acompanhado de um decréscimo do consumo de gás natural e de carvão mineral para geração elétrica centralizada. Com o aumento da demanda por energia renovável e redução da demanda de energia de origem fóssil, estima-se uma ligeira redução na Oferta Interna de Energia (OIE) do país, mesmo com o aumento do Consumo Final de Energia (CFE). Isso ocorre devido à não contabilização de perdas térmicas na utilização de fontes renováveis.
Para a OIE, espera-se que as renováveis possam atingir cerca de 49% de participação, um avanço em relação aos dois anos anteriores. Para a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE), ou Matriz Elétrica, o índice de renovabilidade pode ultrapassar os 90%.
A geração fotovoltaica segue como grande protagonista de crescimento na matriz elétrica, tanto na Geração Distribuída, crescendo 91,7% em capacidade instalada em relação a janeiro de 2022, quanto na geração centralizada, onde superou 60% quando comparado ao mesmo período.
O Boletim Mensal de Energia é um produto do Departamento de Informações e Estudos Energéticos (DIE), da Secretaria de Planejamento e Transição Energética do MME.