PCHs brasileiras: protagonismo na transição energética

Matriz apresenta grande potencial de contribuição para as metas climáticas globais

De acordo com informações da Associação Brasileira de PCHs e GCHs – ABRAPCH, o Brasil conta com 425 unidades de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com mais de 5.200 GW de potência outorgada.

Considerada uma das matrizes elétricas mais renováveis no mundo, as PCHs contribuem ativamente para a preservação ambiental ao manter áreas de áreas intocadas no entorno de seus reservatórios. Estudos realizados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) revelam que o reflorestamento promovido por esses empreendimentos é, em média, três vezes maior do que a vegetação suprimida durante a construção.

Contudo, um dos grandes desafios não consiste apenas em sustentar o seu potencial energético, mas sim, conseguir reverter as vantagens naturais, bem como, tecnologia desenvolvida e aplicada a favor das necessidades da sociedade.

O setor elétrico brasileiro é considerado com o um dos mais renováveis do mundo, e as hidrelétricas ocupam papel de destaque dentro do sistema integrado, como esclarece o gerente de Planta – PCH, da Bolognesi Energia, Uriel, Garber: “A pegada de carbono das hidrelétricas é mínima e a água utilizada para geração de energia é totalmente devolvida ao curso d’água. A ampliação da capacidade instalada das PCHs, juntamente com outras usinas despacháveis, é fundamental para atingir as metas climáticas globais e garantir a segurança energética nacional”.

Garber ainda destaca que, com a crescente eletrificação voltada para a descarbonização de diversos setores, a demanda por energia elétrica aumentará rapidamente, e as PCHs representam uma excelente alternativa por oferecer energia barata e segura, com a maior vida útil entre as fontes renováveis. “A localização próxima aos centros de consumo reduz os custos de transmissão, contribuindo significativamente para uma descarbonização mais eficiente do setor elétrico”.

A afirmação acima é corroborada por análises da ANEEL que revelam impacto significativo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De acordo com os dados da agência, municípios que abrigam PCHs apresentam crescimento 20% superior às localidades sem esse tipo de usina.

Cenário nacional desafiador

Existem diversas iniciativas buscando promover uma maior sinergia entre o poder público e privado para impulsionar o setor energético e atender à agenda ambiental global.

O Brasil, com seu vasto potencial em energia renovável, está em posição privilegiada para liderar a transição energética. No entanto, enfrenta desafios que demandam investimentos substanciais. Apesar de possuir uma matriz energética majoritariamente renovável, o país enfrenta uma das tarifas mais altas do mundo. O mundo está cada vez mais exigente em relação a fontes limpas de energia, algo que o Brasil possui em abundância.

“Para que o país se destaque como protagonista nessa transição, é crucial aprimorar as políticas públicas e a regulação do setor energético, sob o risco de perder mais uma oportunidade valiosa. Nesse contexto, a expansão das PCHs representa um passo importante nessa direção, contribuindo para uma matriz energética mais sustentável e alinhada com as demandas globais por energia limpa e renovável”, finaliza o porta-voz da Bolognesi Energia.

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