Em 2030, o mercado demandará 29 milhões de toneladas e deve haver déficit de 5 milhões de toneladas, apontam números da Nexans Analysis, em parceria com Goldman Sachs e ICSG
A escolha por práticas sustentáveis não pode se resumir à etapa da produção na cadeia, deve também contemplar a distribuição e o próprio consumo da energia. E é na ponta desse processo que o crescimento do consumo de cobre – metal mais eficiente na condução energética e recurso não renovável – se impõe como um desafio para a economia mundial. Diante disso, e seguindo o seu compromisso de atuar como um agente na transição energética, a Nexans Brasil está reforçando a sua estratégia a favor da reciclagem do metal. Todos os pilares da atuação da empresa estão disponíveis no https://www.nexans.com.br/pt/Compagny/Odisseia-do-Cobre.html.
A proposta da iniciativa é desmistificar a visão do mercado de que cobre reciclado é um material de qualidade inferior ou oriundo de atividade ilegal, reforçando o processo de qualidade e controle da empresa, além de fomentar o reaproveitamento desse material que pode ser reciclado para sempre, sem nunca perder as suas características e propriedades químicas e mecânicas. O objetivo do Grupo francês é alcançar, até 2030, a marca de 30% de cobre reciclado em seus produtos. Para isso, ao longo dos últimos três anos, dedicou 25% dos investimentos para a produção de cabos elétricos com conteúdo reciclado. Com isso, a empresa atingiu ainda a marca de redução de CO2 na produção dos cabos de até 65%.
Segundo um relatório global da Associação de Cobre da Austrália (ICAA), cada tonelada produzida de cobre – processo que inclui desde a mineração até o refinamento – gera uma pegada de carbono de 2.6 toneladas. Desde a década de 1950, o consumo desse metal, per capita, aumentou 2,5 vezes, chegando à média atual de 3,2kg por pessoa, segundo o Anuário Brasileiro do Cobre de 2022. E nenhum fenômeno indica que esse consumo será freado, agravando ainda mais o problema da escassez de recursos naturais, globalmente.
Cálculos da Nexans Analysis, em parceria com Goldman Sachs e ICSG, mostram que, em 2030, deve haver um déficit de 5 milhões de toneladas de cobre.
A Nexans Brasil tem se destacado entre as unidades de negócio do Grupo, como uma das vanguardistas na reciclagem do cobre, matéria-prima da maioria dos seus cabos. Atualmente, a unidade do Brasil é o primeiro no ranking interno, de um total de 42 países. Para isso, a empresa vem se mobilizando com investimentos, respaldada por mais de 30 anos de experiência na Europa. “Dentro do E3, metodologia de desempenho desenvolvida internamente, que une os pilares de Economia, Engajamento e Meio Ambiente, a empresa fortaleceu ainda mais a cultura da economia circular, que é um dos principais objetivos da política de Sustentabilidade do Grupo. Com isso, agrupa estratégias que preservam os nossos recursos, prolongam a vida útil dos nossos produtos, promovem a sua reutilização e reduzem o desperdício”, destaca Gwénaël Gilbert, CEO da Nexans.
Oferta de Baixo Carbono
A reciclagem de cobre é um dos pilares da primeira Oferta de Baixo Carbono lançada pela empresa. A Oferta é uma oportunidade para os clientes da Nexans Brasil diminuírem as emissões de GEE dos seus projetos, além de agregar outras métricas sustentáveis, como redução das emissões de CO2, redução do consumo de matéria-prima, com a garantia da transparência e qualidade através do PEP ECOPASSPORT, programa internacional independente e de referência para declarar os impactos ambientais de produtos elétricos ao longo do seu do ciclo de vida.
No primeiro momento, a lançamento foi para o mercado solar, mas, em breve, será lançado também para verticais de mercado.
Importância da reciclagem
Estima-se que 2/3 dos 550 milhões de toneladas de cobre produzidos desde o início do século XX ainda estejam em uso produtivo. Atualmente, 35% da demanda global já é suprida por matérias-primas secundárias, ou seja, resultado de reciclagem. Só na Europa, esse valor chega a 43%. “Esses dados só nos mostram que a lógica da economia circular pode e deve ser implementada para lidarmos com a possibilidade de escassez”, reforça Gwénaël.