Edição 107 – Dezembro de 2014
Por José Starosta – Consultor Técnico
Nossa cultura administrativa clássica prevê que ao final do ano os resultados sejam avaliados, comparados às previsões iniciais, alguns narizes se torcem e, por fim, novas projeções são feitas, contudo, este melancólico fim de 2014 não nos permite tal exercício.
Vivemos cada um (um por um) de nossos dias apreensivos com o comportamento dos reservatórios, da escalada da geração térmica e queima de combustíveis fósseis, do valor do PLD, do PIB projetado para 2015, da disparada da taxa do dólar, do comportamento da indústria, do comportamento do nosso mercado de instalações elétricas, do preço projetado para a energia em 2015 e quem vai pagar a conta? Ainda, quais seriam e o que estariam pensando as equipes que irão compor os ministérios? Será que eles entendem que a eficiência energética é necessária? Existirão mais rombos ou roubos na Petrobras e até onde isso vai? A diretoria será mantida? Os caras não sabiam de nada? Haverá coragem e interesse pra coisa ir adiante? Os ladrões e corruptos vão devolver quanto daquilo que teria ido para os seus bolsos?
Ainda, tragicamente, as mudanças esperadas para o novo governo nas áreas de infraestrutura estão por ser anunciadas e tudo parece parado, esperando como que um sinal messiânico! E, para piorar, mesmo que novas metas e investimentos sejam definidos, será que teremos empresas habilitadas para encarar as construções de estradas, usinas, linhas de transmissão, portos, pontes e metrôs – empreendimentos que puxam a economia do país?
A inércia não nos comove, mas nos incita a cobrar atitudes.
Vamos minha gente! O nosso Brasilzão (com “s”) precisa ser tocado com energia e competência! O que falta?
Eng. José Starosta
Consultor da revista O Setor Elétrico
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