Edição 112 – Maio de 2015
Linhão de Belo Monte deve aquecer setor de transmissão
Levantamento da Abinee afirma dependência do mercado de GTD de encomendas de leilões de transmissão e de geração. Já os agentes do setor de distribuição continuam apreensivos.
De acordo com a Sondagem Conjuntural do Setor Eletroeletrônico para o mês de abril, realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o setor de Geração, Transmissão e Distribuição de energia elétrica continua dependente das encomendas decorrentes dos leilões realizados nos segmentos de geração e de transmissão.
No que diz respeito à transmissão de energia elétrica, o que promete mesmo agitar os negócios no segmento é o leilão do dia 26 de junho. Na ocasião, serão leiloadas linhas de transmissão para escoar a energia da Usina Belo Monte, localizada no Pará, às regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. O linhão, que será de corrente contínua em 800 kV, terá mais de 2.500 quilômetros e percorrerá os estados do Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além da linha, o consórcio que vencer o certame terá de construir duas estações conversoras, nas subestações Xingu, no Pará; e Terminal Rio, no Rio de Janeiro. Para a realização das obras serão necessários investimentos de R$ 7,7 bilhões.
O primeiro leilão do linhão para transmitir a energia gerada pela Usina de Belo Monte foi realizado em fevereiro do ano passado. A estrutura, com mais de 2,1 mil quilômetros, também em 800 kV, irá até a subestação de Estreito (MG), passando pelos estados do Pará, Tocantins, e Goiás e seu custo de implantação deve ser de aproximadamente R$ 5 bilhões.