Edição 122 – Março de 2016
Mercado de tomadas e interruptores sente efeito da desaceleração econômica
Fabricantes e distribuidores do setor estavam otimistas no ano passado, quando a norma que trouxe os requisitos gerais para os produtos do mercado foi revisada e publicada. Contudo, a situação econômica arrefeceu as vendas e deixou as previsões de crescimento mais sombrias.
No começo de 2015, os fabricantes e distribuidores de tomadas e interruptores industriais e prediais estavam bastante animados. Afinal, havia acabado de ser publicada a norma ABNT NBR IEC 60309-1:2015, que trouxe os requisitos gerais para este tipo de equipamento no Brasil. O documento atualizou as regras brasileiras que já estavam um tanto defasadas em relação às normas internacionais. Para se ter uma ideia, a última revisão desta norma no Brasil datava de 2005 e fazia referência a uma norma IEC de 1999. Esta já havia sido revisada, sendo publicada uma nova versão em 2012.
O motivo da excitação do mercado com o novo texto normativo deveu-se ao fato de que assim se tornavam facilitadas as transações comerciais entre empresas brasileiras e estrangeiras, já que uma tomada industrial fabricada no país, em conformidade, estaria novamente apta a receber um plugue de equipamento produzido no exterior, desde que este, obviamente, também estivesse de acordo com as normas internacionais relacionadas ao tema.
Passado um ano, parece que a animação dos fabricantes e distribuidores da área enfraqueceu. Não tanto com a nova norma, mas com os negócios realizados no país, que efetivamente confirmaram a tendência de queda prevista no último ano, conforme levantamento da revista O Setor Elétrico realizado com empresas do mercado de tomadas e interruptores. Em 2014, os fabricantes e distribuidores do segmento almejavam crescimento médio de suas empresas da ordem de 18%. Constataram, porém, uma elevação de 12%, o que fez com a expectativa de acréscimo para 2015 fosse corrigida para baixo, também 12%. Frustrando novamente os prognósticos, registrou-se um crescimento ainda mais desastroso, de somente 3%. Esperando recuperar-se ainda neste ano, as empresas projetam elevação de 7%, que, não obstante maior do que o crescimento do ano passado, é bem inferior à elevação prevista para dois anos atrás.