Edição 122 – Março de 2016
Queda da construção civil afeta mercado de linhas elétricas
Fabricantes e distribuidores sofrem as consequências da atual cri se econômica e projetam crescimento de apenas 2% para o mercado de linhas elétricas em 2016.
Se nesta mesma pesquisa realizada no ano passado, os fabricantes e distribuidores de linhas elétricas estavam apreensivos com relação ao seu mercado de atuação, nesta edição, temos a confirmação de que a preocupação tinha suas razões. O cenário econômico brasileiro não apresentou qualquer melhora e, praticamente, todos os setores sofrem com as consequências da crise atual. É o que mostram os mais recentes estudos elaborados pela revista O Setor Elétrico com diversos segmentos da área elétrica e publicados neste espaço mensalmente.
Como poderá ser verificado nas páginas a seguir, a desaceleração da economia brasileira somada ao desaquecimento da construção civil e à falta de confiança dos investidores vem afetando negativamente o mercado de linhas elétricas. Para efeito de comparação, em 2014, as empresas deste mercado apontavam os projetos de infraestrutura e o setor de construção civil aquecido como os itens mais favoráveis ao crescimento dos seus negócios. No ano seguinte, 15% já indicaram a desaceleração econômica do país como um problema para o mercado e, neste ano, essa última opção foi apontada por 28% das pesquisadas. Outros percentuais significativos dividiram-se entre setor da construção desaquecido, falta de confiança dos investidores e desvalorização da moeda brasileira.
São esses fatores supracitados que contribuem para a manutenção de uma atmosfera pouco otimista entre os empresários e executivos do setor elétrico brasileiro. No caso dos fabricantes e distribuidores de linhas elétricas, no ano passado, a previsão era de que suas empresas apresentassem crescimento médio de 11% em 2015. Na pesquisa deste mês, foi apurado que o crescimento médio real no ano passado foi de apenas 5% comparado a 2014. Para 2016, a expectativa é que as empresas cresçam em torno de 6% e o mercado como um todo alcance uma elevação média de 2%.