Edição 123 – Abril de 2016
Tal qual as empresas de outros mercados do setor elétrico brasileiro, também os fabricantes e montadores de painéis estão apreensivos com o momento econômico que o país atravessa.
O mercado de quadros e painéis elétricos é mais um que vem sentindo fortemente os efeitos da crise econômica e política, à qual o Brasil está exposto desde 2015 e que atingiu níveis críticos neste ano. Nesta edição da pesquisa realizada pela revista O Setor Elétrico, com diversos fabricantes e montadores de quadros e painéis, fica claro o tamanho do problema. As empresas preveem um crescimento do mercado de somente 3% em 2016. Para se ter uma ideia da queda, em levantamento realizado no ano passado, a estimativa de crescimento do mercado para 2015 das companhias entrevistadas era de 8%.
O pessimismo também reflete na resposta que diz respeito aos fatores que devem influenciar o mercado em 2016. Assim como na pesquisa do ano passado, a maioria dos participantes citou a desaceleração da economia brasileira como item de maior impacto negativo. No levantamento, 26% das empresas declarou isto. O segundo item mais votado, por 18%, foi a falta de confiança dos investidores, seguido pelos fatores “setor da construção civil desaquecido” e “desvalorização da moeda nacional”, mencionados por 16% e 12% dos entrevistados, respectivamente. Como se pode notar, o desânimo e a preocupação marcam o tom dos principais itens destacados pelos participantes.
A pesquisa traz ainda informações relevantes a respeito da participação dos tipos de quadros e painéis elétricos no faturamento das empresas. Enquanto o segmento aguarda ansiosamente a publicação da versão brasileira das novas normas da família IEC 61439, cuja previsão era para 2016 e que irá tornar obsoletos os conceitos de painéis totalmente testados (TTA) e painéis parcialmente testados, o levantamento deste ano mostra que a maior parte do faturamento dos fabricantes e montadores entrevistados advém da comercialização de equipamentos convencionais, ou seja, que não são TTA e nem PTTA. Vale lembrar que os conceitos citados ainda estão valendo normalmente segundo as normas brasileiras.