Uma máxima no mundo da propaganda diz que “potência não é nada sem controle”. Assim também podemos entender o mundo da iluminação nos dias de hoje.
Neste e no próximo artigo, vamos abordar os princípios básicos dos controles de luz e apresentaremos até onde a tecnologia pode nos levar. Posteriormente, aprofundaremos mais os conceitos.
Estamos caminhando para a iluminação digital, ou seja, passando dos sistemas analógicos, filamentos e descargas, em que o controle é mais complexo, para o sistema digital, Led, drivers, onde a comunicação de dados é muito mais fácil. A luz conversa com sensores, há mais programações, interatividade, enfim, integração do mundo da iluminação ao mundo da computação. Podemos, então, dizer que “luz não é nada sem controle”.
O que são os controles?
Controle de luz é a capacidade de regular o nível e a qualidade da luz em um determinado espaço para tarefas ou situações específicas. Controlar a luz corretamente não só aumenta e amplia a experiência das pessoas nos espaços, mas ajuda a economizar energia usando luz quando e onde for mais necessário.
Quais os benefícios da dimerização?
Em uma residência comum, a maioria dos controles de luz é um simples interruptor liga / desliga e não um dimmer. Isto significa que, durante o dia ou à noite, suas luminárias estão produzindo a mesma quantidade de luz. Na verdade, os interruptores de luz são um dos poucos aparelhos que só têm duas configurações – ligado e desligado. Através da dimerização, os usuários podem controlar a quantidade de luz que suas luminárias proporcionam para se ajustar a tarefas, estados de ânimo ou situações específicas. Isso não só melhora a experiência, como também economiza energia desperdiçada no processo.
Conceitos básicos
Antes de desenvolver uma estratégia de controle de luz, você deve entender alguns fatos básicos sobre dimmers.
Tipos de dimmers
Cada tipo de fonte de iluminação (tipos de carga) possui características individuais, que exigem tipos especiais de dimmers. É importante usar um dimmer que seja projetado para a sua fonte de iluminação específica / tipo de carga:
- Incandescente / halógena
Característica elétrica: ligação direta na rede, resistiva;
- Lâmpadas 12 V
Característica elétrica: ligação através de um transformador magnético, indutiva;
Característica elétrica: ligação através de um transformador eletrônico digital, capacitiva;
- Fluorescentes
As características dos reatores eletrônicos podem ser sinal de controle ou potência do dimmer. Normalmente, no Brasil, utilizamos os reatores dimerizáveis baseados em sinal analógico ou digital.
- Leds
Como nas fluorescentes, os Leds podem utilizar diferentes tipos de drivers e os controles devem ser coerentes com estas tecnologias.
Um conceito antigo
Há tempos, os dimmers que controlavam lâmpadas incandescentes e halógenas não diminuíam o consumo de energia do circuito, pois simplesmente dividiam a potência entre a lâmpada e um resistor.
Hoje em dia, com a tecnologia eletrônica, conseguimos sim diminuir o consumo energético do circuito com dimerização, atuando na forma de onda da potência entregue.
Outra vantagem da dimerização é a extensão da vida útil dos sistemas, de maneira bem resumida, diminuindo a potência média do sistema, utilizando menos os equipamentos e aumentando, assim, sua vida útil.
Os sensores
Interagir com o meio pode trazer informações importantes para o controle da luz. A melhor luz é àquela que atende às necessidades das pessoas dependendo da tarefa, ou seja, para cada tarefa temos a luz certa, na sua quantidade, nas suas qualidades, como aparência, intensidade, uniformidade, e estes quesitos são definidos pelo projeto luminotécnico.
Porém, em um determinado ambiente, as condições podem mudar, como a luz natural incidente e a própria presença das pessoas.
E para que temos uma iluminação perfeita em um ambiente se ninguém o utiliza? Imagine quanta energia podemos economizar quando um sensor que percebe o espaço não utilizado, desliga os circuitos de iluminação?
E quando há luz natural suficiente? Qual o motivo da iluminação estar ligada 100%?
Estamos até aqui nos referindo ao básico do básico quando iniciamos a iluminação no mundo digital, onde o objetivo é economizar energia.
Um estudo desenvolvido por Heschong Mahone Group, 1999, “Lighting Efficiency Technology Report”, que foi desenvolvido para a Comissão de Energia da Califórnia, EUA, nos mostra algumas referências: