Metodologia e técnicas de proteção

Edição 54, julho de 2010

Por João José Barrico de Souza

Avaliar o local de trabalho, as variáveis em cada caso, determinar a sequência de atividades, verificar as ferramentas, os equipamentos e recursos necessários , estabelecer delimitação de áreas, considerar as influências ambientais e informar com precisão aos envolvidos e atingidos são as bases da programação.

A escolha dos recursos e a técnica a ser empregada, considerados os possíveis desvios e alternativas, complementam o planejamento das atividades. Mesmo sendo boas as condições locais de trabalho e bem treinados sejam os trabalhadores, de uma forma ou de outra, quando menos se espera as coisas ocasionalmente podem sair erradas. São muitos os fatores e variáveis envolvidos.

Dessa maneira, em adição ao bom local de trabalho e práticas de controle de segurança, é salutar usar medidas de proteção especificas. É sabido que equipamentos de proteção individual (EPI) são empregados nos casos em que as medidas de caráter coletivo, aquelas que a NR 10 chamou de prioritárias, não são suficientes, não existem ou estão em implantação.

Não podemos esquecer que as medidas implantadas nas instalações, como a isolação, o emprego de barreiras, de anteparos e outros recursos, garantem a segurança dos usuários, mas na hora da manutenção e dos reparos, estas medidas de proteção são retiradas. É quando passamos a colocar a proteção no mantenedor, no eletricista, que precisa acessar as partes internas dos invólucros, frequentemente com partes energizadas, para conseguir efetuar testes, medições e verificações em geral.

Nessas situações, o equipamento de proteção, ainda que incômodo, é indispensável. Usá-lo adequadamente é fundamental para garantir a integridade do colaborador, mas para isso ele deve ser conscientizado, estar devidamente convencido da necessidade do uso e da importância do EPI. Isso também só é conseguido com treinamento.

Todo trabalho deve ser avaliado para se determinar qual equipamento de proteção e ferramental deverão ser utilizados para minimizar a possibilidade de dano. Métodos de proteção e equipamentos de segurança individual são providências que, quando adotadas, reduzem a exposição das pessoas ao risco.

Uso de equipamento elétric o

As pessoas em geral não estão somente rodeadas por equipamentos alimentados por eletricidade, mas elas também os operam e os utilizam. É o caso de equipamentos fixos – como chaves de manobra, painéis de controle e chaves fixadas em paredes e em máquinas –   e equipamentos portáteis – como ferramentas elétricas, cabos de extensão e equipamentos de teste e tomadas.

É importante ainda verificar as vizinhanças do local em que o equipamento está sendo utilizado, especialmente, checar as condições de umidade e a presença de materiais inflamáveis . Orientações devem ser fornecidas para o uso adequado de tais equipamentos. Furadeiras, lixadeiras, serras elétricas e outros eletroportáteis, aparentemente incapazes de produzir danos elétricos, poderão se tornar perigosos se utilizados em desacordo com as recomendações ou em locais impróprios, pois produzem faiscamento em condições normais de operação. Se forem molhados, poderão oferecer condições de choque mesmo com carcaças isolantes, o que exige proteção específica, como o uso de dispositivos de proteção sensíveis a correntes de fuga (DR).

Pode parecer exagero recomendar que os colaboradores sejam treinados e só eles possam utilizar ferramentos e equipamentos acionados por eletricidade, mas não é. Eletroportáteis, por mais simples que sejam, como são os eletrodomésticos, exigem cuidados e conhecimento indispensável para sua utilização segura.

Esse controle implica documentar autorização, mediante treinamento e avaliação.

Documentação

Há uma grande variedade de documentos necessária para um programa de segurança elétrica efetivo. A lista desses documentos inclui:

  • Autorização para trabalho
  • Normas e padrões
  • Diretrizes
  • Procedimentos
  • Desenhos
  • Registros dos equipamentos

Discutiremos mais sobre os documentos quando abordarmos os assuntos aos quais eles se aplicam. Um bom sistema de gerenciamento de documentação é muito importante para a operação e manutenção segura de uma instalação.

Documentos não atualizados ou errados não somente causam confusões e atrasos, mas também podem causar acidentes relacionados a eletricidade. A distribuição de documentos deve ser controlada de tal forma que apenas a versão atualizada seja facilmente acessível. Além disso, eles devem ser guardados onde são necessários. Caso contrário, os usuários não os consultarão ou atrasos serão impostos para que os documentos sejam encontrados.

É exatamente esse o foco estabelecido pela NR 10 ao atribuir ao sistema de gerenciamento a disponibilização de informações, que se chamou de “prontuário”.

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