Quando o assunto é descarga atmosférica, o valor referência a ser constantemente perseguido nos ensaios deve sempre estar atrelado à integridade física dos componentes e, consequentemente, da instalação da Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA).
Sendo assim, a seção 7 da parte 3 e o item 9.3 da parte 4 tratam, dentre outras, das premissas recomendadas para a correta inspeção em uma PDA. Dessa maneira, as recomendações ali presentes complementadas pelo anexo F da parte 3 visam determinar se não há descontinuidade elétrica no eletrodo de aterramento convencional, subitem 7.3.2 da parte 3, e nos condutores de equipotencialização da instalação, subitem 9.3.2.3 da parte 4.
Já o mencionado anexo F apresenta a forma de ensaio para validar os pilares como condutores naturais de descida e os elementos da estrutura do concreto armado ou outros elementos metálicos (desde que estes estejam em conformidade com as exigências normativas) em prédios existentes. Neste anexo é descrita também uma verificação final que mostra a maneira de ensaiar continuidade elétrica desde o ponto extremo superior do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas(SPDA) até o seu eletrodo de aterramento.
Mas e os 10 Ohm?
A ABNT NBR 5419:2015 adota outras medidas para contenção das tensões superficiais (toque e passo), veja seção 8 da parte 3 e, portanto, não recomenda nenhum valor de resistência ôhmica relacionado ao eletrodo de aterramento.
Sendo assim, pode-se afirmar que os ensaios normalizados, relacionados na ABNT NBR 5419:2015, estão resumidos na verificação da continuidade elétrica de elementos condutores em suas mais variadas nuances.