O encontro, realizado em Brasília, teve o objetivo de mostrar a importância dos recursos para o consumidor de energia
O Programa de Eficiência Energética (PEE) permitiu o desenvolvimento e a popularização de tecnologias para utilizar a energia de forma mais consciente, com produtos mais potentes e de menor gasto. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) realizou um evento exclusivo para tratar desse tema, na última terça-feira (11), em Brasília (DF).
O presidente da Abradee, Marcos Madureira, defendeu a manutenção dos recursos para eficiência energética. Ele destacou o PL 3447/2021, que mantém o percentual de 0,5% para iniciativas do tipo. “Agora surge uma oportunidade de que nós possamos ter isso de uma maneira permanente. Esse é o nosso objetivo aqui hoje, chamar a tenção para um projeto de lei que está tramitando na Câmara dos Deputados e que tem esse objetivo”, disse Madureira.
Representando o Poder Legislativo, o deputado federal Bandeira de Mello (PSB/RJ), vice-presidente de Eficiência Energética da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia, chamou atenção para a importância do PEE para a transição energética. “Não existe, quando a gente fala de transição energética, nenhum vetor que seja mais importante para a gente fomentar a nossa economia do que a eficiência energética”, disse, destacando o histórico de boas gestões do programa.
A eletrificação da economia é peça-chave do desenvolvimento do país. O secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, destacou que, hoje, a eletricidade representa 18% da produção do setor energético. No futuro, a tendência é aumentar esse percentual para até 50%.
“Isso significa que o nosso esforço de investimento em eficiência energética só vai aumentar. Porque a gente vai ter uma participação cada vez maior nesse processo de eletrificação. Nesse contexto, o papel das distribuidoras vai ser central, como tem sido ao longo de toda a história dessa política de Estado que é a eficiência energética”, analisou Barral.
Por fim, o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado da Abradee, Lindemberg Reis, lembrou de um levantamento do MME que, em 2021, apontou que cada R$ 0,08 investidos em eficiência energética podem trazer um benefício de R$ 1. “É o recurso mais módico que existe”, disse. E completou: “Esse tipo de investimento é focalizado no usuário, na sociedade”.