O ano começa e o Brasil tem à sua frente um novo comando. Neste momento, não importa de qual lado você estava na última eleição, se você ajudou ou não a eleger o atual presidente. O importante agora é que o atual Governo e seus ministérios, com ou sem militares à frente, apliquem políticas que sejam efetivas e que viabilizem o desenvolvimento do nosso Brasil.
“Navegar é preciso; viver não é preciso”*. Fernando Pessoa lembra em um dos seus poemas a gloriosa frase dos antigos navegadores. Agora, no Ministério de Minas e Energia, temos um Almirante, um navegador, militar da Marinha, acostumado com mares revoltos, mas que terá seu grande desafio atuando em terra firme.
Seu currículo apresenta uma boa formação técnica e também experiência em assuntos políticos, que certamente será de muita valia para a sua nova função.
Então, o que esperar do novo Ministro no setor de energia? Mais especificamente, no tema que é objeto desta coluna, quais seriam as expectativas em estabelecer uma diretriz que permita a melhora na qualidade do serviço público de distribuição de energia elétrica, viabilizando o emprego de redes instaladas de forma subterrânea?
Os militares têm em sua concepção um forte apelo de desenvolvimento de infraestrutura robusta, tão robusta que seja capaz de suportar guerras. E qual tipo de guerra devemos combater?
Talvez a do atraso em conviver com baixa confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, ou quem sabe a guerra do risco de acidente que as redes elétricas expostas oferecem para a população!
Neste sentido, não há dúvida que as redes subterrâneas se caracterizam como sendo uma infraestrutura muito mais robusta e confiável do que as redes aéreas, contudo para sair desta concepção e chegar a aplicação de forma prática é preciso materializar esse desejo.
Esta função deve ficar mais associado ao segundo escalão do Governo, onde as secretarias e departamentos devem ser capaz que traduzir essa expectativa em ação, apontando a proa desse grande barco na direção correta do desenvolvimento.
Assim como na área econômica, em que as diretrizes adotadas pela nova equipe do Presidente Bolsonaro estão se utilizando de experiências bem-sucedidas em outros Países do mundo, no padrão de redes de energia poderia se utilizar do mesmo procedimento.
Aliás não seria apenas uma questão de padrão de redes, mas sim um modelo de cidade que é mais segura para a população, que é mais atrativa para o comércio e que desperta mais interesse do turismo. E quando falamos deste modelo de cidade, está intrínseca a utilização de redes subterrâneas de energia.
Com este novo comando que temos, há expectativa de mudanças positivas, afinal, se quisermos ter resultados diferentes, precisamos fazer as coisas de forma diferente.
E o jeito militar de fazer geralmente prima por execuções bem-feitas, robustas e eficientes, afinal, missão dada é missão cumprida. Certo zero um?
- “Navigare necesse; vivere non est necesse” – latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu.