Conscientes de que os eventos climáticos extremos estão cada vez mais recorrentes, e comprometidas com a inovação, as distribuidoras de energia estão empenhadas em aprimorar sua identificação e prevenção, além de implementar estratégias para reforçar a resiliência de suas redes elétricas e planos de contingência. Esse esforço estará em foco na 25ª edição do Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), que será realizado de 26 a 30 de maio na Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Para se ter uma ideia do empenho das distribuidoras em melhoria da infraestrutura de redes, o segmento elevou seu patamar de investimentos de uma média anual de R$ 18 bilhões nos últimos dez anos para mais de R$ 31 bilhões em 2024, e até 2028, serão mais R$ 145 bilhões destinados à expansão, manutenção e modernização das redes elétricas. A severidade dos eventos climáticos também já é realidade tratada nos planos de contingência e a cooperação entre empresas mostrou-se uma ação efetiva e necessária diante das calamidades.
E essa é uma das prioridades não apenas para a agenda do setor elétrico, mas para todos os setores da economia, dado significativos impactos físicos, financeiros e reputacionais. No segmento de distribuição, eventos severos ganham grande visibilidade devido à energia ser um serviço essencial, especialmente em situações adversas. Neste sentido, uma série de ações estão sendo implementadas, com as empresas se organizando de forma estruturada para garantir uma resposta eficiente, que inclui a mobilização de todo corpo profissional para assumir funções críticas durante os eventos, a realização de estudos e programas de Pesquisa e Desenvolvimento, e parcerias com organismos internacionais como, por exemplo, a United States Trade and Developmente Agency (USTDA), entre outras iniciativas.
Por isso, ao apresentar as tendências e desafios da distribuição, está claro que esse novo cenário climático é uma das temáticas centrais do SENDI 2025, assim como a inovação, a acessibilidade, a sustentabilidade e a precificação justa da energia. Trazer para a pauta pública essas discussões interessa a todo setor elétrico, mas também à sociedade brasileira. Reconhecemos que o futuro da energia é moldado pelas necessidades do consumidor e as distribuidoras de energia estão empenhadas em atender a essas demandas por meio de soluções modernas, personalizadas, transparentes e sustentáveis, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país e diretamente para a vida das pessoas.
Sobre o autor:
Marcos Madureira é Presidente Executivo da ABRADEE – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica