Belo Monte segura pico de consumo nacional e evita emissões de 2,5 mil toneladas de CO2, por dia, na atmosfera

Embora os efeitos climáticos estejam trazendo menos chuva para a região Norte, a Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, segue contribuindo para a segurança energética do país. Durante o horário de pico de consumo nacional, entre 18h00 e 21h00, Belo Monte tem sido essencial e gerando de forma instantânea até 2440MW de energia limpa, evitando o acionamento de outras fontes não renováveis, que emitiriam cerca de 2,5 mil toneladas de CO2, por dia, na atmosfera.

Desde o começo de setembro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico autorizou Belo Monte a operar com uma vazão mínima de 100 metros cúbicos por segundo, no lugar de 300 metros cúbicos por segundo. A estratégia é para garantir que Belo Monte consiga produzir, na segunda quinzena de novembro, mais energia do que os atuais 2440MW, quando os reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) estarão numa situação mais crítica e o período chuvoso, apenas iniciando. Praticando a medida, o atendimento nos horários de alta demanda nacional estaria assegurado, diante do cenário de estiagem nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Essa operação permitirá que Belo Monte consiga ampliar o atendimento dos atuais 13 milhões para 33 milhões de pessoas. A Norte Energia, concessionária da hidrelétrica, aguarda a autorização do IBAMA.

Historicamente, a usina atua como uma espécie de bateria do sistema energético, ajudando na reserva do país e no atendimento da ponta de carga. No último 15 de março, por exemplo, quando o SIN atingiu seu recorde de demanda instantânea de 102.478MW, Belo Monte segurou o pico de consumo nacional, entregando, sozinha, 12% da energia elétrica necessária, o que equivale ao atendimento imediato de 60 milhões de pessoas.

Dias antes, em 7 de fevereiro, o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrava o consumo recorde de energia no país. A carga total foi de 101.860 megawatt (MW), com 92,4% de fornecimento por fontes renováveis, especialmente as hidrelétricas. Segundo dados do ONS, Belo Monte foi responsável por garantir 10% da demanda nacional.

Durante o primeiro semestre de 2024, apesar dos efeitos do El Niño, a usina foi a hidrelétrica que mais entregou energia para o Brasil, produzindo 6% (20.414 GWh) de toda a energia utilizada no país, o que corresponde ao consumo de 20 milhões de residências. Essa quantidade gerada por Belo Monte, entre janeiro e junho, é suficiente para abastecer todos os domicílios das regiões Norte e Centro-Oeste e mais o estado do Rio de Janeiro, durante o mesmo período.

Em 2023, a maior hidrelétrica 100% brasileira gerou 31.521 GWh. Em média, Belo Monte respondeu por 6% da capacidade de geração do Brasil e 10% da geração das hidrelétricas.

Em 2022, o Complexo Hidrelétrico Belo Monte, formado também pela Usina Hidrelétrica Pimental, fechou o ano com a produção de mais de 37 milhões de MWh de energia, a maior de sua história e a maior entre as demais usinas 100% brasileiras.

Em 2021, durante a crise hídrica, Belo Monte foi fundamental, gerando 5,5% de toda a energia da federação e 8,7% da geração hidráulica nacional.

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