Cana-de-açúcar supera média mundial de renovabilidade na matriz energética

Participação da matéria-prima na oferta interna de energia do Brasil alcançou 16,9% em 2023. No mundo, esse percentual é de 14,7%

A cana-de-açúcar é a principal fonte primária de energia renovável do Brasil. Com 16,9% de participação na Oferta Interna de Energia (OIE) do país, a biomassa da cana ultrapassa a média de renovabilidade observada no resto do mundo, em torno de 14,7%. Esse percentual, observado no Balanço Energético Nacional (BEN) 2024 – elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) – também é superior aos 12,6% observados nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“A cadeia produtiva da cana-de-açúcar gera empregos diretos e indiretos, movimentando a economia e trazendo riqueza ao país. É um insumo de extrema importância para o nosso povo, e deve ajudar o Brasil a promover mudanças em direção à transição energética justa e inclusiva, que é uma de nossas prioridades”, aponta o ministro Alexandre Silveira.

Responsável por 84% de participação na produção do etanol brasileiro, a biomassa da cana desempenha papel crucial na oferta de energia no país. Alinhado aos objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa, o Brasil aposta na oferta de biocombustíveis como alternativa aos combustíveis derivados do petróleo, auxiliando na descarbonização do setor de transportes.

Mais informações sobre o BEN

O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia. Além do destaque sobre a cana-de-açúcar, a publicação deste ano também ressaltou a renovabilidade da matriz energética, que aumentou para 49,1% no último ano. O percentual de renováveis na matriz elétrica também aumentou, subindo para 89%, enquanto no mundo a média é de apenas 29%.

Com informações obtidas por Ministério de Minas e Energia.

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