CCEE promove debate sobre aperfeiçoamentos na forma como a energia elétrica é precificada no Brasil

Estudo, em parceria com a PSR, integra o Projeto META II e pretende orientar o Poder Executivo na tomada de decisões

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE reuniu o mercado nesta quarta-feira (27) para apresentar os avanços do Projeto Meta II – Formação de Preços, que visa o aprimoramento dos mecanismos utilizados para precificar a eletricidade no Brasil. Analisando o modelo conhecido como “Por Custo”, em que a operação é mais centralizada, e a alternativa “Por Oferta”, em que os agentes têm participação mais ativa, o estudo aponta que o país pode se beneficiar de um formato híbrido.

“Os frutos desse trabalho trarão mais competitividade para o mercado, melhorias da qualidade do serviço prestado ao consumidor e maior sustentabilidade para o setor elétrico como um todo”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, durante abertura do Workshop que debateu as principais conclusões da pesquisa até o momento.

Com relação aos aperfeiçoamentos do atual modelo de precificação, o evento discutiu propostas para introduzir elementos que possibilitem uma participação mais ativa das empresas para a definição dos preços praticados no Brasil, ao permitir ofertas de geração ou consumo de energia por parte dos agentes, com uma proposta de contabilização e liquidação dupla do Mercado de Curto Prazo – MCP.

Além disso, a CCEE apresentou a possibilidade de hidrelétricas entrarem no processo competitivo por meio de “reservatórios virtuais”, que desagregam a geração física das usinas das suas ofertas de energia, mitigando os desafios da operação em um país com grandes cascatas, como é o caso brasileiro.

“Este é um projeto que pretende uma mudança concreta no nosso modelo de precificação de energia no país, trazendo o melhor das experiências internacionais. Vamos encontrar, com pragmatismo, o equilíbrio entre as abordagens possíveis que atendam as necessidades e a realidade do mercado brasileiro”, analisou o CEO da PSR, Luiz Barroso

Além de análises de experiências internacionais, o projeto também contemplou a aplicação de tecnologia para que o debate continue avançando. A Câmara de Comercialização e a PSR estão preparando uma simulação virtual de diversos modelos de precificação para que os agentes possam comparar ferramentas e contribuam na construção de um mecanismo que responda às particularidades do país.

O Meta II – Formação de Preço ainda tem pela frente mais um ano de estudos e, ao final, será compartilhado com as autoridades do setor para apreciação. A iniciativa decorre de acordo de empréstimo do Ministério de Minas e Energia – MME com o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) e fortalece o papel de coordenação ministerial, já que os participantes, como a CCEE, não desembolsam contrapartidas financeiras e atuam em conjunto.

Confira mais detalhes e acesse os relatórios publicados até o momento em:

https://www.meta2formacaodepreco.com.br

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