Iniciativas foram captadas por meio de chamamento público e objetivo é incentivar soluções sustentáveis no uso da energia
Com o objetivo de responder aos desafios que a sociedade enfrenta em relação ao uso da energia elétrica e a urgência de se eliminar fontes de desperdício do recurso, a 1ª Chamada Pública de Inovação em Eficiência Energética da Cemig aprovou quatro propostas, entre as inscritas no edital aberto pela Companhia, para a execução de iniciativas que abordam essa temática.
De acordo com o engenheiro de eficiência energética da Cemig, Matheus Herzog, a aprovação das iniciativas considerou, entre outros critérios técnicos, o ineditismo; a capacidade de execução das propostas e os resultados esperados; a abrangência; e a viabilidade financeira.
Neste momento, será iniciada a etapa de refinamento dos projetos, de modo que sejam realizadas adequações que atendam às exigências regulatórias. Posteriormente, eles serão submetidos ao crivo da Aneel. “Nós queremos potencializar os ganhos para a sociedade e o meio ambiente. Por isso, essas etapas são fundamentais para avaliarmos não só a inovação, mas se esses projetos terão resultados positivos e significativos que poderão ser replicados no futuro”, aponta Herzog.
Para o desenvolvimento dos projetos selecionados serão destinados, por meio do Programa de Eficiência Energética da Cemig, que é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), recursos de R$ 10,1 milhões.
Projetos aprovados
A Chamada Pública de Inovação em Eficiência Energética dividiu-se em temáticas, chamadas de desafios, de acordo com setores ou temáticas de interesse público e social.
No desafio relacionado à iluminação pública eficiente, por exemplo, o projeto aprovado propõe a aplicação da tecnologia de dimerização e telegestão da iluminação viária de alguns bairros de Divinópolis. O objetivo, nesse caso, é diminuir a potência de luminárias em vias onde o fluxo de veículos e transeuntes é reduzido em determinados horários, proporcionando a redução dos custos com a energia elétrica.
Já na categoria correspondente a implantação de tecnologias mais eficientes no agronegócio, a proposta aprovada considera a instalação de sistemas alternativos de geração de energia, como mini-hidrelétricas; sistemas individuais de geração fotovoltaica e biodigestores modulares.
Em cidades inteligentes, o projeto que passou para a fase de refinamento traz o desenvolvimento e a implementação de um sistema integrado de monitoramento inteligente de consumo energético em uma cidade-piloto. A ideia é gerar mapas de calor que representarão visualmente os níveis de demanda energética em diferentes áreas do município. A partir disso, serão propostas ações de eficiência energética.
Já em edificações eficientes, a proposta que avançou no chamamento público identificou enquanto inovação a implantação de um sistema de armazenamento de energia para uma unidade hospitalar. Nesse caso, o objetivo é reduzir a demanda energética da instituição de saúde no horário ponta tarifária e garantir energia em momentos de falha.