Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PDI ANEEL, desenvolvido em parceria com a Essenz Soluções e Sun Mobi, discute avanços na certificação de Hidrogênio de baixa emissão de carbono
O Brasil tem potencial para produzir quase 2 bilhões de toneladas de hidrogênio verde (H2V) e se tornar líder global na produção e exportação da tecnologia, segundo o Ministério de Minas e Energia. Considerado como o “combustível do futuro” e fundamental para a transição energética e descarbonização mundial, evoluir nas discussões sobre o H2V que viabilizem o desenvolvimento do mercado no Brasil é crucial.
Como forma de contribuir para esse debate e para o avanço na obtenção das certificações de projetos de H2V no país, a AES Brasil, geradora de energia 100% renovável, viabilizou a produção e a publicação do livro “Certificação de Hidrogênio: Aspectos Comerciais, Geopolíticos e Tecnológicos”, escrito por Guilherme Dantas, pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e sócio diretor da Essenz Soluções; O livro é um dos resultados do projeto “Habilitadores técnicos e regulatórios para a criação de um mercado de hidrogênio verde síncrono no Brasil”, do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que também contou com contribuição da Sun Mobi.
O evento de lançamento oficial, realizado em 29 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), contou ainda com um painel de discussão sobre o tema, tendo como convidados o autor do livro, a Gerente de Inovação e Digital da AES Brasil, Julia Rodrigues, a Presidente da ABEEÓLICA, Elbia Gannoum, o Gerente Executivo de Novas Soluções em Eletrificação da Eletrobras, Saul Mendonça e a mediação da Sêenior Fellow do CEBRI, Rafaela Guedes
“É uma grande satisfação vermos concretizado um material tão rico e multidisciplinar que dialoga sobre o futuro da energia tendo o hidrogênio de baixa emissão de carbono como um protagonista na corrida da transição energética global. Acredito que se trata de um conteúdo de leitura indispensável, com insights valiosos sobre o tema e essencial para quem quiser compreender de forma profunda os desafios inerentes das regras de certificação para a formação de um mercado internacional e sobre o papel do Brasil nessa indústria”, afirma Julia Rodrigues.
Entre os diversos assuntos abordados, Julia Rodrigues destaca: “esse projeto teve como objetivo não somente investigar habilitadores técnicos e regulatórios para a viabilização do mercado de H2V no Brasil e nossos diferenciais como país, mas também desenvolveu um software de otimização das condições para produção do H2 verde síncrono considerando as restrições da cadeia de produção e os ativos renováveis da AES Brasil. Na medida que permite ao usuário escolher as regras de certificação ou criar suas próprias regras, a ferramenta poderá auxiliar na identificação das melhores condições de operação das plantas de hidrogênio verde, viabilizando ou antecipando a viabilidade desse tipo de investimento no país. Além da aplicabilidade imediata para os negócios da empresa, acreditamos que os resultados desse projeto têm grande valia para as discussões setoriais sobre o tema, não apenas pelos conhecimentos gerados, mas também pelas simulações possíveis do software que demonstram diretamente os impactos das restrições dos modelos de certificação na viabilidade e preço do produto final”, explica Julia.
A ferramenta também faz parte do projeto PDI da Aneel e já foi apresentada à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com o objetivo de contribuir para as discussões setoriais em torno do tema.
A energia renovável é um modelo de negócio adotado desde o início das operações da AES Brasil e está totalmente alinhada às necessidades e compromissos globais de transição energética. Desde 2022, a companhia possui um pré-contrato firmado com o Complexo de Pecém, no Ceará, para o desenvolvimento de um estudo de viabilidade técnica e comercial para a construção de uma unidade fabril para a produção de hidrogênio e amônia verdes (até 800 mil toneladas/ ano).