Nota Técnica divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética detalha números de investimentos e custos operacionais no período de 2025 a 2034
Os avanços promovidos pela Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), levarão o Brasil a ultrapassar R$ 1 trilhão em recursos disponibilizados para o setor de biocombustíveis nos próximos dez anos. A Nota Técnica “Investimentos e Custos Operacionais e de Manutenção no Setor de Biocombustíveis”, divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao MME, detalha os números de investimentos (CAPEX), estimados em R$ 100 bilhões, e de custos operacionais (OPEX), que somam R$ 924 bilhões no período de 2025 a 2034.
Para o ministro Alexandre Silveira, o estudo comprova o legado de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico trazido pela nova lei. “Estamos marcando o início de uma nova era para o setor energético brasileiro com o Combustível do Futuro. Os números comprovam o potencial transformador dos biocombustíveis, não apenas para impulsionar a economia, mas também para colocar o Brasil na vanguarda da transição energética global. Seguiremos combinando nossa incomparável vocação para produção de combustíveis verdes com responsabilidade ambiental e crescimento sustentável”, afirmou.
O estudo contempla diversas frentes, como o aumento da produção de etanol, biodiesel, biometano e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês), além de inovações como o diesel verde e o bio-CCS (captura e armazenamento de carbono biogênico). Entre os destaques, a produção de etanol sozinha concentra 59% dos investimentos previstos, incluindo novas usinas e a modernização de plantas existentes.
A Lei do Combustível do Futuro traz estímulos à produção nacional, alinhando o Brasil às metas globais de descarbonização. Para o etanol de cana, por exemplo, os investimentos em formação de canaviais e expansão da capacidade industrial ultrapassam R$ 59 bilhões. Já o segmento de biodiesel, impulsionado por mandatos de mistura obrigatória progressivos, receberá R$ 14,5 bilhões em investimentos e R$ 77,5 bilhões em custos operacionais. No setor de combustíveis sustentáveis de aviação, os projetos já anunciados poderão gerar investimentos de R$ 17,5 bilhões, consolidando o Brasil como um player global na descarbonização do transporte aéreo.
Fonte: MME