Como substituir lâmpadas fluorescentes tubulares por tubulares LED

Agosto de 2016

Por Isac Roizenblatt*

Substituir as tradicionais lâmpadas fluorescentes tubulares pelas tubulares de Led em instalações antigas pode não ser uma tarefa das mais fáceis para leigos e até mesmo para os iniciados, já que, atualmente, no mercado são encontrados vários sistemas de substituição.

Há a substituição direta, que aproveita o reator existente com conexão elétrica em ambas as extremidades; a substituição com lâmpadas Led tubulares e conexão elétrica em ambas as extremidades utilizando controladores de luz (drivers) externos ou internos; e ainda a substituição com lâmpadas Led tubulares e conexão em uma extremidade utilizando controladores de luz (drivers) externos ou internos.

Como a existência desses vários sistemas tem causado muitos problemas no mercado, a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), por meio da sua Setorial de Lâmpadas, recomenda que se adote um único sistema com o objetivo de reduzir os problemas. Ao adotar esta medida, o Brasil está seguindo o mesmo caminho trilhado por muitos países ao redor do mundo.

Há vantagens e desvantagens em todos os sistemas.

As desvantagens

O sistema de substituição direta pode ser inapropriado ou menos apropriado e antieconômico por utilizar equipamento auxiliar desenvolvido para outro tipo de lâmpada. Pode se considerar que o sistema de substituição direta é um “quebra galho” para o aproveitamento do reator existente na instalação e que futuramente pode resultar em confusão na hora da troca de uma nova troca em que o instalador tenha em mãos uma lâmpada com conexão em apenas uma extremidade.

O sistema com conexão elétrica nas duas extremidades mostra-se inapropriado por oferecer maior risco de choque elétrico e maior custo na luminária. Quando uma das extremidades é inserida no porta-lâmpada, a outra está energizada e causa risco de choque. O maior custo é derivado de fiação mais comprida para atingir as duas extremidades.

As vantagens

O sistema com conexão elétrica em uma extremidade oferece como vantagens:

  • Menor risco de choque;
  • Facilidade na conexão elétrica;
  • Redução no custo;
  • Aproveitamento dos porta-lâmpadas existentes, e, por último;
  • Possibilita futuro barateamento de um dos porta-lâmpadas.

Levando-se em consideração os argumentos acima expostos, as recomendações da Abilux são para que:

  • Haja uma convergência gradativa para as lâmpadas Led tubulares com conexão elétrica para apenas uma das extremidades por fabricantes, importadores e mercado;
  • Textos e esquemas de ligação devem ser claros e didáticos nos sites, documentações, embalagens ou mesmo nas lâmpadas;
  • Utilizar porta-lâmpadas de qualidade;
  • No caso de controladores de luz (drivers) externos deve se verificar sua compatibilidade com as lâmpadas;
  • No caso da utilização de reguladores de luz (dimmers) deve se verificar sua compatibilidade com os drivers;
  • As luminárias devem indicar o lado onde o porta-lâmpadas recebe energia.

A referência ao porta-lâmpadas de qualidade é necessária, pois os porta-lâmpadas de pressão existentes no mercado exercem o contato mecânico e elétrico por apenas um ponto diminuto, o que, muitas vezes, devido à falta de alinhamento com ambos os contatos das lâmpadas, causa centelhamento que provoca um ponto de calor excessivo e curto-circuito, colocando em risco a instalação. O melhor é a utilização de  porta-lâmpadas com contatos laterais nos pinos e rotores de travamento.

O sistema ideal é também quando a lâmpada Led tubular é compatível com o sistema ótico da luminária. Estão disponíveis no mercado lâmpadas tubulares Led com emissão luminosa para todos os lados, ou seja, 360 graus. Há lâmpadas com emissão em ângulos menores como, por exemplo, 120 graus, além de outras aberturas e que, portanto, solicitam sistemas óticos próprios para uma distribuição de luz adequada e eventualmente não compatível com o sistema ótico pré-existente próprio para lâmpadas tubulares fluorescentes.

Estão surgindo outros sistemas de lâmpadas lineares Led com conexões elétrica e mecânica diferentes do usual e cuidados devem ser tomados para que possa haver a intercambialidade e a interoperabilidade de sistemas sem riscos à segurança e à economia dos consumidores.

A Abilux buscará trabalhar a normalização da recomendação, bem como informar aos órgãos de governo visando uma padronização pelo país da conexão por apenas uma das extremidades nas lâmpadas Led tubulares.


*Isac Roizenblatt é diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux).

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