Como dizem alguns “estava escrito nas estrelas”, outros mais céticos e mais “terrenos” observam o fim do romantismo de esquerda e por enquanto da centro-esquerda. Talvez os últimos 16 anos pudessem apresentar um bom modelo de gestão do Governo, talvez…. pudesse….; mas não foi. O sucesso econômico alcançado pelo neoliberalismo e pelo Plano Real de Fernando Henrique Cardoso (FHC) nos deu fortes esperanças. “Agora vai!!!”. Em 2002, o governo eleito de Lula tratou com bastante juízo de manter o modelo econômico, ampliando, contudo, as benesses sociais e fortificando os sindicatos e empresas públicas. Sua sucessora errou na dose e na fórmula e a “mantega” desandou. A presidente Dilma foi destronada quando jogou o País à bancarrota.
O setor elétrico que o diga. Perdemos a chance de um governo de padrões políticos que deveria valorizar o Estado. Deveria!!! O apetite na mordida foi maior que o tamanho do “sanduba”. Quebramos e o que deveria ter sido investido no País foi para as contas superfaturadas, para as malas de sujeitos medíocres, para os “hermanos” bolivarianos, para os cofres dos políticos e suas quadrilhas e toda sorte de descaminhos. Dilma pedalava não só em seus exercícios matinais (literalmente) no Planalto. Seu sucessor que tentou no primeiro instante semear a terra arrasada foi tentar contemporizar com a dupla caipira bandida e a vaca foi pro brejo. Mesmo depois do desfalque promovido pelo Governo, um número aproximado de 47 milhões de brasileiros preferiram esquecer o que se passou e dar a segunda chance a esta turma, como que em um perdão velado ou puro e cego fanatismo (o que é isso meus Jovens!). Outros 42 milhões preferiram não escolher A ou B, não comparecendo às urnas ou não validando seus votos e os restantes 58 milhões elegeram o candidato Jair Bolsonaro, dono de um discurso fácil, irônico e até atraente para a maioria, típico de roda de amigos. Agora que foi eleito esperamos que alguns conceitos apresentados sejam filtrados, recheado de conteúdo e por que não reposicionados. O mercado reagiu bem e o que se espera é uma época de novos investimentos internos e externos que consiga nos movimentar de novo. Temos um País inteiro para (re)construir e, por incrível que pareça, gente disposta a trabalhar. Durante o CINASE-RJ, o presidente do CREA-RJ, Eng. Luis Cosenza, apontava para a redução dos engenheiros empregados em função da crise. O SENDI, em Fortaleza, também nos deu esperança de dias melhores. Que a sociedade possa testemunhar a inversão desta curva para o sucesso e para o progresso de todos. Está na hora!