A Eletrobras divulgou nesta quinta-feira (14) os resultados do balanço financeiro de 2023. O lucro líquido aumentou 21% em relação a 2022, para R$ 4,4 bilhões, impulsionado pelos avanços na adequação de custos e despesas, simplificação da estrutura administrativa e aumento das receitas de transmissão. O EBITDA regulatório ajustado, que reflete o desempenho antes do pagamento de impostos, juros, depreciações e amortizações, teve alta de 19%, totalizando R$ 21,6 bilhões.
Com a ampliação da capacidade de investimento da companhia, o CAPEX atingiu R$ 9 bilhões em 2023, com crescimento superior a 60% ante o ano anterior e quase o dobro do registrado em 2021. Como destaques, estão a expansão das obras da linha de transmissão Manaus-Boa Vista (R$ 3,3 bilhões), o parque eólico de Coxilha Negra (R$ 2,1 bilhões), além de empreendimentos de transmissão de grande porte em implantação e que vão somar R$ 7 bilhões de 2024-2027.
“O novo modelo de negócios e governança da Eletrobras tem gerado resultados consistentes, pautados na disciplina de capital, eficiência operacional, foco no cliente e um aumento importante na capacidade de investimentos. Avançamos muito e vamos seguir na trilha do crescimento, nos pautando sempre pela segurança das pessoas, dos ativos e na geração de energia limpa que contribua para a transição energética que precisamos acelerar”, comenta o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro.
A simplificação societária da companhia também foi uma contribuição importante para os resultados de 2023, com a consolidação de 100% de Teles Pires e da UHE Baguari e a otimização da estrutura de capital da Santo Antônio Energia.
A estruturação da área de comercialização, impulsionada pela recente atuação no mercado livre, é outra mudança que contribuirá para futuros resultados. A base de clientes nesse mercado chegou a 400 em 2023 sendo que, desse total, 270 representam consumidores finais, com avanço de 484% em relação aos 46 consumidores finais de 2022.
A companhia registrou avanço significativo na descarbonização do parque gerador com a venda, em janeiro, da UTE Candiota, a única usina de carvão, que era responsável por cerca de um terço das emissões da empresa. Junto com o processo já iniciado da venda de térmicas a gás, a Eletrobras prossegue em direção à meta net zero em 2030.