O Ministério de Minas e Energia (MME), enquanto coordenador da pauta da transição energética durante a presidência brasileira do G20, cumpre uma série de agendas em Riad, Arábia Saudita, neste domingo (28/04). O MME defende, em reuniões bilaterais e mesas de discussão, uma Iniciativa de Financiamento para Transições Energéticas do G20 (ETFI), além de uma Coalizão Global para Planejamento Energético (CGEP) e um plano estratégico para aumentar o investimento em energias limpas nos mercados em desenvolvimento.
Coordenado pelo MME, o foco do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas (ETWG) do G20 é mobilizar países desenvolvidos a acelerar o financiamento de energias renováveis em países emergentes, alinhando esses investimentos às metas do Acordo de Paris.
Representando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, encerrou o evento “Fortalecendo a Colaboração Interregional para a Transição Energética”. Na ocasião, o secretário defendeu medidas para o combate à pobreza energética e cozimento limpo, o reconhecimento global das diferentes rotas tecnológicas para a geração de energia e produção de combustíveis, além do apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“A presidência pro tempore do Brasil no G20 e a coordenação do MME na pauta da transição reforçam a liderança do Brasil não só no campo diplomático, mas também enquanto potência das energias limpas e renováveis. No Brasil, temos praticamente todas as vocações, desde o petróleo e o gás natural, essenciais para a nossa soberania energética, bem como a geração de energia a partir de hidrelétricas, painéis solares e turbinas eólicas. Também nos consolidamos no campo dos biocombustíveis, com o etanol e o biodiesel presente em todos os veículos que circulam no país”, descreveu Mendes.
OPEP
Ainda na capital saudita, o secretário-geral do MME se encontrou com o secretário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham al-Ghais, para tratar de investimentos da OPEP no Brasil e do papel do setor para a transição energética global.
Al-Ghais foi recebido pelo ministro Alexandre Silveira em outubro de 2023, ocasião que marcou a primeira visita de um secretário-geral da entidade ao Brasil. Durante a reunião, Silveira destacou a liderança brasileira em tecnologia para exploração e produção em águas ultraprofundas e na captura e estocagem de carbono nos reservatórios do pré-sal. Além disso, o ministro apresentou o mercado de biocombustíveis brasileiro, que já é um dos maiores do mundo, com potencial para crescer ainda mais nos próximos anos, com a adoção de novos combustíveis, como o SAF e o diesel verde, e ampliação do uso de etanol, biodiesel e biometano.