O ano de 2021 registrou um aumento de 75% nas emissões de gases de efeito estufa em relação ao total emitido pelo parque termelétrico fóssil do Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2020, revela estudo publicado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
Devido a esse grande crescimento, a participação de fontes fósseis para geração de eletricidade no Brasil passou de 15%, em 2020, para 20%, em 2021. As 82 usinas movidas a combustíveis fósseis listadas no estudo emitiram 55,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e). Ao todo, foram gerados 95,8 TWh de eletricidade, dos quais 68,9 TWh foram produzidos a partir do gás natural (44 plantas), o que corresponde a 72% do total.
Segundo em participação, o carvão mineral (oito plantas) foi responsável pela geração de 16,5 TWh, o que representa 17% da produção de eletricidade fóssil. Já o óleo combustível (18 plantas) e o óleo diesel (11 plantas), derivados de petróleo, tiveram participação de 9% e 2%, respectivamente.
Os autores do estudo destacam que o alto crescimento é resultante da crise hídrica de 2021, que prejudicou a geração hidrelétrica e fez o setor elétrico brasileiro acionar ainda mais as termelétricas emissoras. Os especialistas ainda alertam que, independentemente desse cenário, o aumento de emissões é uma tendência que deve continuar, pois cada vez mais termelétricas entram na matriz elétrica do País.
O inventário desenvolvido pelo IEMA contempla termelétricas de serviço público e autoprodutoras – acopladas a indústrias para suprirem essencialmente suas próprias demandas por eletricidade – que disponibilizaram energia ao Sistema Interligado Nacional nos anos de 2020 e 2021, excluindo as plantas movidas a combustíveis renováveis e as unidades para as quais não foi possível identificar os combustíveis empregados.
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