Nas colunas de março e abril de 2017(https://www.osetoreletrico.com.br/os-cuidados-com-qualidade-de-energia-e-os-leds-parte-i/) e (https://www.osetoreletrico.com.br/os-cuidados-com-qualidade-de-energia-e-os-leds-parte-2/), apresentávamos a preocupação dos impactos na qualidade de energia devido ao uso e aplicação dos LEDs em sistemas de iluminação. Baseado em aspectos históricos, foram então apresentados alguns paralelos comuns da implantação dos LEDs com a incorporação de novas tecnologias de sistemas de iluminação em épocas anteriores. Considerando a necessidade de complemento das matérias citadas, seguem comentários adicionais, baseado em análise de medições efetuadas em sistemas de iluminação com uso de LEDs.
Do ponto de vista ideal, instalações elétricas tendem a operar e fornecer alimentação com qualidade às cargas e o que se espera é a reciprocidade das cargas alimentadas em relação à fonte, uma vez que cargas distorcidas causam distorção de tensão na rede de alimentação, alterando as condições inicias. O objetivo desta avaliação considerou a avaliação do comportamento do fator de potência e da distorção harmônica em sistemas de iluminação com aplicação de LEDs. As razões para esta avaliação consideram fundamentalmente o impacto de cargas com baixa qualidade de energia nas redes elétricas.
Medições efetuadas e análises
Foram efetuadas medições das variáveis elétricas envolvendo o fator de potência e a distorção harmônica de corrente. O fator de potência pode ser definido na frequência fundamental, também conhecido como DPF (“displacement power fator”), e como fator de potência total incluindo as harmônicas.
Foram tomados três sistemas de iluminação sendo:
- amostra 1: luminária pública LED 120 W com driver interno, instalado no corpo da luminária;
- amostras 2 e 3: lâmpadas Tubulares LED 18 W e driver interno às lâmpadas;
- o instrumento utilizado é classe A (IEC 61000-3-40), com 512 amostras por ciclo com integração a cada ½ ciclo.
Amostra 1: Luminária publica: LED 120W
Amostra 2: Lâmpada tubular: LED 18W