Insights de sustentabilidade sobre a Flórida

Edição 97 – Fevereiro de 2014
Por Michel Epelbaum

O repouso de férias nos Estados Unidos serviu de inspiração para esta coluna. Relato algumas percepções sobre a cultura e as práticas dos temas da sustentabilidade, contudo, levando em consideração os poucos dias lá passados e a visão de que a Flórida não representa os Estados Unidos como um todo.

Meio ambiente

Automóvel – muitos carros grandes e SUVs (“sport utility vehicles”) nas ruas, os quais usualmente emitem mais poluentes e consomem mais combustível. O carro que aluguei dispunha de dispositivo economizador de combustível (introduzido pela montadora em 2011) e funciona com gasolina ou com o E85 (mistura de álcool e gás. Fonte: www.onlydrivegreen.com), mas procurei em vários postos e não vi nenhum vendendo esta mistura;

Coleta seletiva – me pareceu organizada nos vários locais em que fui, separando de modo geral o reciclável do não reciclável. Em alguns casos se falava de garrafas, latas e plásticos, mas não era citado o papel;

Sacolas plásticas – as sacolas plásticas das lojas e supermercados que vi não eram biodegradáveis, mas algumas continham percentual de material reciclado;

Conservação de água – vimos descargas automáticas para conservação de água em várias lojas, shoppings, etc.

 

Energia

Gás de “xisto” e carvão – as discussões sobre as fontes energéticas estão “quentes” nos Estados Unidos, objeto de várias matérias na mídia. O crescimento da geração de gás de “xisto” (folhelho) nos últimos anos foi impressionante, mas as consequências ambientais e à saúde estão em debate e têm de ser trabalhadas. Os novos padrões de emissões atmosféricas para termoelétricas à carvão, a serem definidos nos próximos meses pela Agência Federal Ambiental (EPA), podem representar o maior passo do país na direção da redução dos gases de efeito estufa. Ou a inviabilidade do setor, como defendido pelos representantes desta indústria;

Conservação de energia – as construções parecem ter um bom isolamento com conservação de energia. No entanto, não vi nos hotéis dispositivos para desligar as luzes e equipamentos em caso de o hóspede não estar no quarto (como já vi em vários hotéis no Brasil);

Lâmpadas Led – não as encontrei nas lojas usuais de venda, somente lâmpadas halógenas. Este movimento parece estar em estágio inicial;

Carro elétrico – em pleno coração de Miami Beach, entre as lojas de grifes, estranhei a presença de uma loja da Tesla Motors, empresa fundada em 2003 por um grupo de engenheiros do Vale do Silício que se desafiaram a provar que o carro elétrico pode ser viável (venderam 2.300 veículos desde 2008, estando atualmente presentes em 37 países). Sinal de mudanças?

 

Segurança e saúde

Cuidados com a segurança e acidentes nos parques e atrações – sempre são apresentadas inicialmente nos brinquedos as regras de segurança e incêndio; os carrinhos/cadeiras são dotados de dispositivos e travas de segurança; as restrições para crianças menores são usualmente seguidas; as orientações sobre os efeitos à saúde nos brinquedos mais radicais são claras, inclusive para mulheres grávidas;

Proteção contra incêndio nos locais de concentração de pessoas &nda

sh; me pareceu organizada e operante. Num dos hotéis em que me hospedei, houve um princípio de incêndio, de madrugada, e a comunicação de abandono nos quartos via caixa de som funcionou perfeitamente bem. Todos os hóspedes foram seguindo para o saguão central (ou para área externa), até que fomos informados de que o detector de fumaça de um quarto disparou por conta do uso do fogão. Os elevadores de hotéis são dotados também de instruções em caso de incêndio;

Acidentes com copos de bebidas quentes – nos cafés (expressos) que ansiosamente buscávamos, as bebidas vinham com tampa e proteção contra queimadura (não somente no Starbucks e no McDonalds).

 

Social

Inclusão dos portadores de necessidades especiais – é visível a preocupação com o acesso e inclusão nas calçadas, ruas, hotéis, shoppings, parques;

Diversidade de povos – os funcionários dos parques da Disney vêm de vários países, línguas (identificados no crachá) e idades (muitas pessoas da terceira idade trabalhando).

Realizar “benchmarking” com outras práticas e culturas é interessante para nos autoavaliarmos e perceber oportunidades de evolução. Espero que estas percepções ajudem nesse sentido.

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