Receitas aumentaram 7% e subiram 1.824 milhões de euros em 2019.
Entre janeiro e dezembro de 2019 a EDPR forneceu 30 TWh de eletricidade limpa (aumento interanual do 3%), evitando desta maneira a emissão de 19 milhões de toneladas de CO2.
A EDP Renováveis (Euronext: EDPR), líder mundial no setor das energias renováveis e um dos produtores de energia eólica mais importantes do mundo com presença em 14 países, anunciou hoje os seus resultados para o exercício completo de 2019. Em 31 de dezembro a companhia geria um portfolio de ativos de exploração com uma capacidade total de 11,4 GW, dos quais 10,8 GW estão totalmente consolidados e, 550 MW também o estão pelo método de equivalência patrimonial (participações em Espanha e EUA). Em 2019, EDPR incrementou a sua capacidade em 888 MW, dos quais 720 MW encontravam-se na América do Norte e 169 MW na Europa. A EDPR também iniciou a repotenciação de 18 MW em Espanha (desmantelado de turbinas eólicas obsoletas). Em dezembro de 2019, a EDPR tinha uma capacidade de construção de 1 GW, dos quais 664 MW correspondem a energia eólica terrestre e 330 MW a participações acionarias em projetos marinhos.
Entre janeiro e dezembro de 2019, a EDPR forneceu 30 TWh de eletricidade limpa (aumento interanual de 3%), evitando desta maneira a emissão de 19 milhões de toneladas de CO2. O crescimento interanual beneficia-se das incorporações de capacidade dos últimos 12 meses e de uns dos maiores recursos eólicos, o que compensou a desconsolidação da operação de venda na Europa em julho de 2019 (997 MW). O preço de venta médio aumentou um 2% em termos interanuais, impulsado pela recuperação dos preços na Europa do Leste e pelos efeitos das taxas de câmbio.
Resultados financeiros
EDPR registrou os rendimentos totais de 1.824 milhões de euros em 2019 (aumento interanual de 7%) como resultado do incremento da média EBITDA/MW (aumento interanual de 1%, incluída a desconsolidação do portfolio europeu), um preço de venda médio superior (repercussão do 3%), o efeito positivo das taxas de câmbio (aumento interanual de 39 milhões de euros) e os maiores recursos eólicos (aumento interanual de 50 milhões de euros), junto com a expiração prevista dos créditos fiscais à produção (PTC) a dez anos (-33 milhões de euros em base interannual). A partida de outras receitas operativas ascendeu a 400 milhões de euros (frente aos 192 milhões de euros de 2018), com uma evolução anual que reflete os 109 milhões de euros de mais-valias contabilizados em 2018 e os 313 milhões de euros de lucros em 2019 relativos à operação de venda de um portfolio europeu de 997 MW formalizada em julho de 2019, junto com a venda de 137 MW em Brasil anunciada o mesmo mês e materializada em fevereiro de 2020.
Os custos operacionais situam-se em 575 milhões de euros (-2% interanual), excluídos 45 milhões de euros da aplicação da IFRS 16 (locações e alugueres). Em termos comparáveis—ajustados pela IFRS 16, pelos custos dos projetos marinhos (principalmente repercutidos a veículos para fins especiais de projetos), pelos custos extraordinários e pelos efeitos cambiais—, os custos operacionais básicos por MW médio mantiveram-se planos em termos interanuais, no entanto os custos operacionais básicos por MWh caíram um 4% interanual. Como consequência, o EBITDA alcançou os 1.648 milhões de euros (+27% interanual) e o EBIT aumentou até os 1.055 milhões de euros (frente aos 754 milhões de euros em 2018), e a aplicação do IFRS 16 implicou o incremento das depreciações em 33 milhões de euros durante o exercício. As despesas financeiras líquidas aumentaram até os 346 milhões de euros (+128 milhões de euros em relação com 2018), e na comparação interanual incidiram os 87 milhões de euros em conceito de ganhos registados em 2018 pela liquidação de participações em projetos marinhos no Reino Unido e França e os 28 milhões de euros derivados do novo tratamento contável das locações em virtude da IFRS 16 em 2019, junto com um custo médio da dívida superior no período devido à diferente composição de divisas.
Em termos de lucros, alcançou-se um lucro líquido de 475 milhões de euros (+52% interanual).
“Estamos muito satisfeitos com os resultados que apresentamos hoje. Durante o último ano fomos capazes de incrementar as nossas receitas estender a nossa operação geograficamente. Com operações como a da Colômbia e a de continuar a crescer enquanto reduzíamos a dívida, graças a uma política de desinvestimento estratégico. Além disso, a companhia tem aumentado de maneira considerável o seu lucro líquido em relação ao exercício anterior” relata João Manso Neto, CEO de EDPR.
Em relação ao crescimento futuro da companhia, Manso Neto completou: O nosso objetivo de continuar a crescer é mais firme que nunca. Com o compromisso de fazê-lo de maneira responsável e com o objetivo de continuar a gerar valor para todos os nossos stakeholders e contribuir de maneira determinante à transformação energética”
Em dezembro de 2019, a dívida líquida ascendia em 2.803 milhões de euros (-257 milhões de euros frente a dezembro de 2018) devido ao cash flow gerado pelos ativos e a execução da estratégia de venda de EDPR, bem como os efeitos cambiais.
O Conselho de Administração proporá na Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo de 69,8 milhões de euros, equivalente a 0,08 euros por ação.