Mudanças na matriz elétrica nacional

Edição 54 – Julho de 2010
Por Flávia Lima

ONS identifica que, nos próximos cincos anos, haverá redução da hidroeletricidade e aumento de térmicas e de fontes alternativas de energia.

 

O Plano Anual da Operação Energética (PEN), estudo elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), analisou as condições de atendimento ao mercado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre maio de 2010 e dezembro de 2014. As análises indicam que a garantia de suprimento está sendo atendida com folga em todas as regiões do País e preveem que a hidroeletricidade perderá participação na matriz em função da expansão de usinas térmicas convencionais e das fontes alternativas de energia.

 

De acordo com o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, o atendimento ao mercado está assegurado pelos Procedimentos Operativos de Curto Prazo (POCP), aprovados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Essa garantia se deve principalmente à oferta agregada pelos leilões de energia nova e de linhas de transmissão, que vem sendo realizados desde 2005.

Foram, ao todo, oito leilões de energia nova, um de fontes alternativas e dois de reserva, além dos certames das novas usinas de Santo Antônio e Jirau. Somam-se ainda ao montante as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), as térmicas autorizadas pela Aneel e as usinas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Esses dados contribuem para o aumento da participação de fontes como PCHs, usinas eólicas e de biomassa na matriz elétrica nacional.

Nos próximos cinco anos, segundo o documento, deverão ser implementados cerca de
27.000 MW, dos quais metade é proveniente de fontes térmicas, para aumentar a potência instalada do SIN em 25%. “Haverá uma evolução de 104.000 MW em dezembro de 2009 para 130.000 MW em dezembro de 2014”, diz o ONS.

De acordo com Hermes Chipp, essa oferta adicional será importante para reforçar ainda mais a segurança energética do SIN e absorver uma eventual antecipação do crescimento econômico, previsto no cenário de referência desse estudo.

Entre as recomendações para garantir a segurança do sistema, o ONS propõe:

  • Elaboração de estudos para ampliar a interligação Norte-Sul e a capacidade de exportação de energia da região Nordeste;
  • Uma avaliação criteriosa quanto à localização da oferta proveniente dos futuros leilões;
  • Atenção especial à logística de suprimento das usinas térmicas e às necessidades de atendimento para a demanda máxima.

O PEN é um documento desenvolvido anualmente pelo ONS que tem o intuito de analisar o cenário de oferta e demanda de energia para os próximos cinco anos, permitindo reflexões e sugerindo medidas para a segurança da operação do SIN, para o CMSE e para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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