Edição 112 – Maio 2015
Por Jobson Modena
Este texto tem o objetivo de introduzir os novos caminhos por onde passam os estudos que determinam os parâmetros inerentes ao fenômeno e ao “elemento alvo” a ser protegido.
Os seguintes passos devem ser seguidos:
a – Identificação da estrutura a ser protegida colhendo o máximo de informação sobre suas características:
- a própria estrutura;
- as instalações executadas na estrutura;
- o conteúdo da estrutura;
- as pessoas que utilizam a estrutura ou que fiquem a até 3 m para fora da mesma;
- o meio ambiente afetado por danos na estrutura;
- as linhas de elétricas de energia e de sinal que adentram a estrutura;
b – Compilação de todos os tipos de perdas possíveis na estrutura e os correspondentes riscos que devem ser considerados;
c – Avaliação do risco para cada tipo de perda ( risco de perda de vida humana, risco de perdas de serviço ao público, risco de perdas de patrimônio cultural e risco de perdas de valor econômico);
d – Avaliação da necessidade de proteção, por meio da comparação dos riscos calculados com os riscos toleráveis;
Em primeira instância o risco tolerável é determinado por autoridades competentes (municipal, estadual, etc.) por meio de dispositivo de lei. No caso da inexistência dessa determinação valores típicos são fornecidos pela ABNT NBR 5419 em função do tipo de perda:
- Perda de vida humana ou ferimentos permanentes
- Perda de serviço ao público
- Perda de patrimônio cultural
e – Avaliação da eficiência do custo da proteção pela comparação do custo total das perdas com ou sem as medidas de proteção. Neste caso, a avaliação dos componentes de risco deve considerar tais custos.
Necessidade da instalação da proteção
Para cada tipo de risco considerado, os seguintes passos devem ser tomados:
- Identificação dos componentes de risco para uma estrutura;
- Cálculo desses componentes de risco;
- Cálculo do risco total;
- Identificação do risco total;
- Comparação do risco calculado(R) com o risco total (RT).
- Se R ≤ RT, a proteção contra a descarga atmosférica não é necessária.
- Se R > RT, medidas de proteção devem ser adotadas no sentido de reduzir R ≤ RT para todos os riscos aos quais a estrutura está sujeita.
No caso em que o risco não possa ser reduzido a patamares toleráveis, deve-se adotar o nível de proteção mais criterioso para a instalação.
Em situações em que a proteção contra descargas atmosféricas for exigida pela autoridade que tenha jurisdição sobre estruturas com risco de explosão, pelo menos um SPDA classe II deve ser instalado. Exceções ao uso de proteção contra descargas atmosféricas nível II podem ser permitidas quando tecnicamente justificadas e autorizadas pela autoridade mencionada. Por exemplo, o uso de uma proteção contra descargas atmosféricas nível I é permitida em todos os casos, especialmente nos casos em que o meio ambiente ou o conteúdo dentro da estrutura é sensível aos efeitos das descargas atmosféricas. Níveis criteriosos também podem ser exigidos onde o dano à estrutura devido à descarga atmosférica possa também envolver as estruturas ao redor ou o meio ambiente (por exemplo, emissões químicas ou radioativas); medidas de proteção adicionais para a estrutura e medidas apropriadas podem ser exigidas pelas autoridades locais.