O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa do Governo Federal que visa impulsionar investimentos em infraestrutura e desenvolvimento econômico, engloba aplicações significativas tanto na melhoria da transmissão de energia quanto na expansão da geração de energia limpa e renovável no Brasil.
Transmissão
Na área de transmissão de energia, o PAC destina um total de R$ 89 bilhões para obras e novos empreendimentos. Esse montante inclui R$ 33 bilhões em obras em andamento e R$ 56 bilhões destinados a licitações planejadas até 2024. A maior parte dos investimentos cumprirá um papel de promoção da integração de energia limpa e renovável na matriz elétrica brasileira.
O conjunto de obras irá promover a expansão na interligação elétrica entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. No total, todo o plano de obras cadastrado no PAC compreende investimentos em 22 Unidades da Federação.
Dentre outros benefícios, os investimentos irão proporcionar o incremento em até 70% na capacidade instalada de fontes de geração renováveis na Região Nordeste, resultando em maior eficiência operativa e menores custos aos usuários do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Geração
Em relação à geração de energia, serão 343 obras públicas e privadas, com um investimento de R$ 73,1 bilhões, para a construção de usinas fotovoltaicas, eólicas e hidrelétricas. Os novos empreendimentos vão adicionar 18.367 Megawatts (MW) ao sistema elétrico. Com isso, o país terá uma maior capacidade energética, com foco nas fontes renováveis.
As usinas de energia fotovoltaicas, que utilizam a luz do sol para gerar energia elétrica, responderão por 8.569 MW, mais da metade da geração de energia prevista pelo Novo PAC. O valor de investimento para essa modalidade é de R$ 41,5 bilhões. Os projetos confirmados se localizam nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
A geração de energia eólica receberá R$ 22 bilhões, com 120 projetos. Os ventos serão responsáveis por aumentar 5.202 MW no sistema elétrico. As turbinas serão instaladas nos estados de Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Também estão confirmadas novas 20 pequenas centrais hidrelétricas na Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. O investimento chegará a R$ 1,3 bilhão.
Haverá ainda R$ 8,1 bilhões de investimento em energia térmica, sendo três usinas a gás e duas com fontes renováveis. As novas usinas adicionarão 4.290 MW de potência ao sistema elétrico. A usina de Angra I será modernizada para se tornar mais segura, a um custo de R$ 1,89 bilhão.