GTD ainda patina
Estudo da Abinee mostra que o setor ainda sofre com falta de investimentos. Este quadro pode ser sentido a partir das informações coletadas pela pesquisa da revista O Setor Elétrico com prestadores de serviços para GTD.
Em março de 2016, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou estudo com dados referentes ao desempenho das empresas do setor. Especificamente sobre a área de Geração, Transmissão e Distribuição de energia (GTD), o levantamento registrou um quadro nada animador. Segundo a pesquisa, as concessionárias de energia elétrica, principalmente dos segmentos de transmissão e distribuição, ainda sofrem o impacto da contenção dos investimentos, que, no caso de transmissão, está sendo causado pela pouca atratividade dos leilões, e, no caso de distribuição, pela situação financeira difícil. Conforme a Abinee, mesmo com os reajustes tarifários, a situação das distribuidoras não melhorou, porque parcela expressiva destes recursos foi destinada ao pagamento de custos decorrentes da geração emergencial. A área de geração é a única que se mantém estável, com investimentos ocorrendo de acordo com os cronogramas previstos.
Inseridos nesta área, os prestadores de serviços para GTD, que participaram de recente pesquisa realizada pela O Setor Elétrico, também parecem não estar em seus melhores momentos, apresentando números não tão satisfatórios como no passado, demonstrando assim um certo descontentamento com a atual situação econômica do país. Os entrevistados do segmento de distribuição, por exemplo, declararam, em sua maior parcela (26%), que o tamanho do mercado das empresas do segmento em 2015 foi de até R$ 50 milhões. Na pesquisa do ano passado, a maioria dos prestadores de serviços de distribuição (31%) disseram que o mercado havia faturado, em 2014, entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões.
Algo semelhante ocorreu com as empresas da área de transmissão. Na pesquisa de 2015, 19% disseram que o mercado faturara, em 2014, até R$ 50 milhões. No levantamento deste ano, o número de prestadores que afirma que o mercado faturou até R$ 50 milhões no ano passado cresceu para 26%. Já a porcentagem de prestadores afirmando que o tamanho do mercado gira entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão caiu de 29% para 26% do levantamento de 2015 para o deste ano.
Clique aqui para fazer o download da pesquisa na íntegra.