Por que as redes de distribuição brasileiras matam?

RESUMO

Os “apagões” em São Paulo em outubro 2024, reacenderam as críticas à concessionária local, uma vez que boa parte da cidade ficou várias horas às escuras. Mas, a ênfase na continuidade e disponibilidade do fornecimento ofusca um problema ainda maior, que são as estatísticas dos números de acidentes envolvendo as redes aéreas de distribuição de energia elétrica [1].

A primeira alternativa que surge nestas horas de blackout é a transformação da rede em subterrânea, porém, parece ter sido esquecido que diversas ocorrências de fumaça, fogo e explosões já foram registradas nas redes de distribuição subterrâneas, e que causaram queimaduras e mortes [2].

Este trabalho analisa a arquitetura utilizada nas redes urbanas de distribuição de média tensão (MT) das concessionárias brasileiras e sugere  melhorias visando o fim das tristes estatísticas que significam a destruição de inúmeras famílias.

INTRODUÇÃO

A primeira cidade brasileira a ter uma rede de distribuição de energia elétrica foi Campos dos Goytacazes, localizada no estado do Rio de Janeiro. A inauguração ocorreu em 7 de dezembro de 1883, pela Companhia de Eletricidade Fluminense, fundada pelo empresário Mário de Gusmão.

Como o país era essencialmente agrícola, a tecnologia empregada foi importada. Inicialmente, a distribuição por redes aéreas foi adotada, uma vez que os consumidores eram poucos e os custos de execução eram menores.

Anos depois, com o crescimento da população nas grandes cidades, a colocação em postes ficou inviável para suportar os transformadores maiores, e então, estes passaram a ser colocados em câmaras abaixo do nível das ruas, formando as redes de distribuição subterrâneas, também segundo tecnologia importada.

1) CARACTERÍSTICAS DAS REDES MT

a) REDES AÉREAS

a.1) Construção

As redes urbanas aéreas de distribuição de energia elétrica em MT (13,8kV), são majoritariamente construídas com cabos nús. Em alguns locais é adotada a “rede compacta”, mostrada na Figura 1, onde são utilizados os “cabos protegidos”, que possuem uma capa polimérica, mas não destinada a oferecer proteção às pessoas; ela visa apenas protegê-los de contatos eventuais com galhos de árvores, uma das causas mais comuns de interrupções no fornecimento [3].


Figura 1: Rede aérea compacta.

  A medida de proteção às pessoas aplicada nas redes aéreas de MT é a “parcial por colocação fora de alcance” [4], que visa impedir o contato involuntário com as partes vivas. Desta forma, os condutores podem ficar cerca de 10m do solo.

Há normas ABNT sobre construção de redes aéreas de distribuição, porém, cada concessionária possui seus procedimentos internos, onde os detalhes de montagem estão padronizados. 

a.2) Ocorrências

a.2.1. – Eletrocussão

Dentre os vários eventos publicados na midia, destacamos o ocorrido em São Paulo, em 26/9/2013, quando dois homens morreram ao empurrar um andaime e este ter encostado na rede de MT [5]. A rua onde aconteceu o acidente é bastante estreita, e a rede MT fica muito próxima  das casas. 

Este tipo de acidente tem sido noticiado com certa regularidade, em várias cidades, e na maioria das vezes, causando vítimas fatais.

a.2.2. – Rompimento de condutores

A queda de cabos sobre veículos tem ocorrido com alguma frequência em vários estados do Brasil, sendo um evento dos mais perigosos, como mostrada na Figura 2 uma ocorrência em São Gonçalo, RJ [6].

Figura 2 – Queda de cabo energizado na via causou quatro mortes.

As recomendações ora divulgadas nas redes sociais, em vídeos estrangeiros e até replicados por concessionárias brasileiras, orientam os passageiros dos veículos nesta situação, a: 

– ficarem no carro (mas sem tocar em partes metálicas);

– caso se inicie um incêndio, pular do veículo com os dois pés juntos; e

– afastar-se do carro arrastando os pés, sem levantá-los do chão, até 15m, ou mais, de distância. [7]

Tais “recomendações”, apesar de parecerem de fácil execução, são falhas, pois, além de não avaliarem que os passageiros estarão sob impacto emocional, não consideraram outros riscos, como: 

– parte do cabo energizado pode estar em contato com o chão, produzindo tensões de passo perigosas ao redor do carro;

– o piso pode ser irregular e/ou estar molhado, com risco de tropeços e quedas;

– os passageiros podem ter limitações motoras, etc.

A primeira pergunta que o cidadão leigo faz nestas ocorrências, é sobre a razão do cabo permanecer energizado, uma vez que a proteção deveria ter atuado e desenergizado o trecho. A resposta passa pelo conhecimento da proteção típica empregada nas redes aéreas MT [3], que é composta pelo disjuntor do ramal (na subestação), os religadores automáticos, e os elos-fusíveis (no primário dos transformadores).

Portanto, tal configuração não “enxerga” esta falta à terra, cuja característica é de alta impedância (envolvendo o piso de asfalto), resultando em corrente muito menor que a necessária para sua atuação. Também não há sensores que identifiquem que a linha tenha sido rompida.

a.3)  Melhorias possíveis

a.3.1 – Rede aérea isolada

Em virtude de fatores como:

– o crescimento do parque industrial;

– a existência de clientes mais exigentes quanto à qualidade de entrega de energia;

– as multas por degradação ambiental (cortes e podas de árvores); e

– por transgressão aos índices DEC e FEC (indicadores de “qualidade” da ANEEL),

já há concessionárias testando a construção da rede de distribuição aérea MT, com cabos isolados, pré-reunidos. [8]


Figura 3 – Rede aérea MT isolada.

Devido à isolação do cabo, acidentes com terceiros serão reduzidos significativamente, pois nos casos de toques acidentais, não deverá ocorrer choque. O cabo isolado de MT, mostrado na Figura 4, confina o campo elétrico, permitindo que na sua camada externa o potencial seja zero.


Figura 4 – Cabo isolado MT.

a.3.2 –  Uso de relés para alta impedância

A tecnologia tem avançado bastante no desenvolvimento de relés sensíveis às faltas de alta impedância, e os três métodos mais empregados [9] são:

– Monitoramento da corrente de terceira harmônica, comparando-se vetorialmente o último valor lido com a média;

– Utilização de um algoritmo que identifique se o surgimento do arco elétrico foi motivado por um condutor caído ao solo;

– Análise de eventual desbalanço nas tensões, pois na ocorrência do rompimento de um condutor de fase, aparecerão tensões de sequências negativa e zero.

O IEEE tem um programa piloto de implantação desta proteção na Índia [10], um país com elevados índices de acidentes por eletricidade, e situações similares às encontradas aqui [11].

No Brasil, a concessionária Equatorial Energia tem realizado testes com esta proteção em uma instalação piloto, envolvendo 19 ramais [12].

a.3.3 -Uso de relés sensíveis ao rompimento de alimentadores

A San Diego Gas & Electric (SDG&E) está implementando uma solução para  condutores rompidos, que identifica e desenergiza um condutor de energia no momento que ele se rompe, antes que ele toque o solo, diminuindo os riscos de incêndio florestal e aumentando a segurança pública. 

Esta solução de proteção contra queda de condutores utiliza dados sincronizados transmitidos de dispositivos instalados em todo o sistema de distribuição de energia, como relés de proteção, controladores de religadores e medidores. 

Algoritmos patenteados no Controlador de Automação em Tempo Real (RTAC) analisam continuamente os dados do sincrofasor em busca de anormalidades na tensão. Quando um condutor rompido é detectado, o RTAC envia um comando de disparo aos dispositivos mais próximos da ruptura para isolar e desenergizar aquela seção do circuito. Tudo isso acontece em algumas centenas de milissegundos, enquanto o condutor rompido ainda está no ar. 

A SDG&E conduziu testes de campo bem-sucedidos para esta solução em dez circuitos e planeja implementar essa proteção em seu distrito com altos índices de incêndios devido ao curto-circuito provocado por rompimento de condutores até 2026. A Figura 5 mostra a sequência de passos, onde no trecho que o cabo rompido demora 1,37s para tocar o solo, ele é desenergizado e isolado em  0,392 s.

A solução sozinha envolveu mais de sete anos de desenvolvimento de configurações, testes, validação e trabalho em equipe, um processo que exigiu intensa coordenação até ser lançado no mercado. [13]

Figura 5 – Proteção contra cabo rompido desenergiza a rede antes dele cair ao solo

b)  Redes subterrâneas

b.1)  Construção

As redes subterrâneas são empregadas em locais com maior concentração de carga, quando são exigidos transformadores de maior tamanho, e cabos com maior seção transversal equivalente, quando a utilização de uma estrutura com postes passa a ser inviável, pois eles precisariam suportar não só os pesos dos transformadores, como também as trações impostas pelos cabos de maior seção transversal. 

Além deste requisito técnico, as redes subterrâneas contam com a simpatia da sociedade, pelo melhor aspecto visual nos logradouros, e pelo menor número de interrupções no fornecimento de energia.

Na rede subterrânea há diferentes configurações possíveis, tanto na rede primária (MT), quanto na rede secundária (BT). No projeto, são definidos os critérios de suportabilidade da rede às “contingências”, como são chamadas as faltas no sistema. Dependendo das características da localidade, a rede pode ser dimensionada para suportar uma (N-1), ou mais contingências, sem comprometer a continuidade do fornecimento [3].

No caso da rede subterrânea com secundário em anel (network), apesar da alta continuidade operacional, há uma importante consequência quando um determinado trecho sai de operação. É que os demais passarão a assumir uma parcela da carga do trecho faltoso, com possibilidade de entrarem em sobrecarga, até o retorno à normalidade daquele trecho. E dependendo da disponibilidade e quantitativo da equipe de manutenção, pode demorar dias, sem que os usuários percebam qualquer irregularidade.

Outra característica do tipo network aqui citado é a ausência de proteção para os cabos secundários (BT), filosofia conhecida como “queima-livre” [14].

b.2)  Ocorrências

As ocorrências de incêndios e explosões nas redes subterrâneas ficaram na berlinda no século XX, em especial nos EUA. No Brasil, tivemos ocorrências não só Rio de Janeiro e São Paulo, mas também em outras cidades, desde 1930 [15].

Dentre os diversos eventos no Rio de Janeiro, um dos mais cobertos pela mídia foi o da americana Sarah Lowry, que ficou internada por 67 dias com 80% do corpo queimado, após ela e o marido terem sido atingidos pela explosão de um “bueiro” quando atravessavam a rua, na faixa de pedestres, da rua República do Peru em 29/6/2010. Sarah foi arremessada a oito metros de distância e seu corpo caiu já em chamas na calçada [16].

b.3)  Melhorias possíveis

As ocorrências de explosões de bueiros não são exclusividade brasileira. Quando começaram a construir redes subterrâneas aqui, nos EUA já eram conhecidas. E como foi adotada aqui a mesma tecnologia de lá, os mesmos eventos ocorreram aqui.

A configuração “queima-livre”, sem proteções aos componentes da instalação BT, é inaceitável perante a norma técnica [17], e se aplicada em instalações de consumidores, seria considerada uma perigosa “gambiarra”.

No mercado americano já foram desenvolvidas melhorias para as redes subterrâneas, como:

– a monitoração das correntes e tensões dos trechos;

– a instalação de indicadores de defeitos; e

– o acompanhamento da temperatura dos cabos,

tudo com comunicação remota para uma central de controle e supervisão [18].

2) DADOS, NORMAS E LEGISLAÇÃO

a) Os dados

A ANEEL tem divulgado os números relativos a acidentes nas redes elétricas [19], mostrados na Tabela 1:

Tabela 1 – Índices de acidentes nas redes 

20172018201920202021
NMOFUPR960159
NMOFUTE3718283433
NACTER893865816776813
NMOTER254275281260265

Onde:

NMOFUPR – Número de mortes decorrentes de acidentes do trabalho (funcionários próprios). 

NMOFUTE – Número de mortes decorrentes de  acidentes do trabalho (funcionários terceirizados)

NACTER – Número de acidentes com terceiros envolvendo a rede elétrica.

NMOTER – Número de mortes com terceiros envolvendo a rede elétrica.

A manutenção do patamar dos NACTER e NMOTER ao longo dos anos, indica não só que a sociedade vem sendo continuamente vitimada, mas também que não se investe em medidas corretivas.

O histórico de mortes nos acidentes nas redes aéreas, é mostrado na Tabela 2 [1].

Destes números podemos constatar, por exemplo, que as 297 mortes ocorridas em 2021 correspondem a 44% do total daquele ano com acidentes de eletricidade, mostrando que as redes aéreas em cabos nús são extremamente perigosas.

Tabela 2 – Mortes por choque elétrico em redes de distribuição aéreas: 

Ano Mortes
2015213
2016218
2017181
2018172
2019206
2020237
2021297

Utilizando-se uma matriz de risco, ao  correlacionarmos os fatores de “severidade” (morte → alta) com “frequência” (por ocorrer todos os anos com mais de 200 mortes → alta), resulta em risco “muito alto”, inaceitável portanto, vide Tabela 3.


Tabela 3: Matriz de riscos

Uma apreciação superficial dos acidentes pode induzir que “árvores derrubadas em tempestades, que rompem os cabos e estes caem na rua, energizados, podendo atingir carros e pedestres”, seja um exemplo de “imprevisto” [20]. Porém, se cabos partidos são recorrentes, o evento deve ser classificado como “previsto”. E, se, a rede aérea está sendo mantida há mais de um século sem proteção contra um evento previsto, sinaliza uma grave omissão, confirmada pelas centenas de mortes de cidadãos e animais.

b)  As Normas

A ABNT possui normas sobre a construção de redes de distribuição aéreas, onde são especificadas as ferragens, e mostrados detalhes de montagem [21], porém não há documentos técnicos que estabeleçam os dispositivos mínimos de proteção que elas devam conter.

E a norma que rege o projeto de instalações elétricas em MT [4] (assim como a de BT), não se aplica “às instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica”, criando uma situação inusitada, onde elas exigem dos consumidores o atendimento às normas para que possam dar entrada nos pedidos de ligação, porém podem operar sem que suas instalações sigam as mesmas regras. Desta forma, o capítulo 5 da NBR 14039, que aborda as proteções contra: choques elétricos; efeitos térmicos; sobrecorrentes; sobretensões; inversão de fases; fuga de líquido isolante; perigos resultantes de faltas por arco, e por última, mas mais importante, a proteção das pessoas que trabalham nas instalações elétricas de MT, podem ser solenemente ignoradas pelas concessionárias.

Pelo fato das normas ABNT não serem aplicáveis às concessionárias, isto permite, por exemplo, que elas adotem a configuração “queima-livre” para os cabos de BT nas redes subterrâneas, bem como, apenas isolar as faltas nos cabos de MT utilizando o “protetor network”, como mostrado na Figura 6.

Ressalte-se que a operação em sobrecarga de cabos de potência não deve superar 100h durante 12 meses consecutivos, nem 500h durante a vida do cabo. E em curto-circuito, a norma estabelece que para cabos da classe 90 oC, a falta deve parar em 5s e a temperatura no condutor não deve ultrapassar 250 oC [22, 23]. 

Quando estes limites são ultrapassados, ocorre o envelhecimento térmico do isolamento do cabo, levando à deterioração do seu isolamento e à emissão de gases inflamáveis, responsáveis pelos eventos de fumaça, fogo e explosões na rede (que a mídia erroneamente atribui a vazamentos do gás encanado), pois a isolação dos cabos ao se deteriorar, libera gases inflamáveis, e o arco do curto-circuito faz a ignição, o que já causou centenas de vítimas, inclusive fatais [24].

Figura 6 – Protetor network na rede subterrânea

c) A Legislação

É importante conhecer o que a legislação prevê com relação a estas situações.

c.1  – Sobre segurança

O artigo 132 do Decreto 41.019/1957 já estabelecia: “A operação e a conservação deverão ser aparelhadas e organizadas de modo a assegurar a continuidade e a eficiência dos fornecimentos, além da segurança das pessoas e a conservação dos bens e instalações nelas empregados”. 

Como esta citação a “pessoas” está no capítulo das instalações da concessionária, na mesma frase da “conservação dos bens e instalações”, entende-se que esteja se referindo aos funcionários da mesma, e não à população. 

c.2  – Sobre normas

Nos contratos de concessão celebrados com a ANEEL [25], encontramos: “A Concessionária obriga-se a adotar, na prestação dos serviços, tecnologia adequada e a empregar equipamentos, instalações e métodos operativos que garantam níveis de qualidade, continuidade e confiabilidade estabelecidos pelo Poder Concedente para os serviços de energia elétrica.”

Portanto, a prioridade contratual a ser garantida, é nos níveis de produtividade (qualidade, continuidade e confiabilidade de fornecimento), não sendo citada a segurança da população. E para atingir a meta, a Concessionária está obrigada a adotar “tecnologia adequada”, segundo sua visão, e não, segundo as normas brasileiras.

c.3 – Sobre índices

Por não estarem referenciados  contratualmente, os índices NMOFUPR, NMOTER e NMOFUT não interferem na remuneração das Concessionárias, e nem exigem que elas tomem medidas para diminuí-los. Os índices utilizados pela ANEEL para avaliar a qualidade do serviço prestado pelas concessionárias baseiam-se na continuidade do fornecimento de energia [26]:

FEC – frequência equivalente de interrupção por consumidor;

DEC – duração equivalente de interrupção por consumidor;

DIC – duração de interrupção individual por consumidor;

FIC – frequência de interrupção individual por  consumidor.

3) CONCLUSÕES

Como os acidentes envolvendo pessoas e bens não impactam negativamente na avaliação das concessionárias, eles não recebem atenção prioritária, sendo tratados como “eventos imprevistos”, que não podem ser controlados ou evitados. Sem a aplicação de sanções às concessionárias pelos registros de acidentes, não se nota a implantação de medidas eficazes para redução dos casos de choques e mortes, que assim, mantêm-se recorrentes. 

A ANEEL estabelece às concessionárias, metas de produção (DEC, FEC…), mas não há penalidades sobre o uso de sistemas sem proteção voltada às pessoas.

Desta forma, deve haver a mobilização da sociedade civil, incluindo as associações de classes profissionais, no sentido que os registros de acidentes não sirvam apenas para preencher papel com tabelas e estatísticas; seu objetivo principal é orientar a tomada de decisões para solucionar os problemas. É inaceitável que situações onde o nível de risco é “muito alto”, não recebam medidas corretivas com prioridade.

A modernização das redes, acompanhada de revisões nos critérios contratuais para  avaliação de desempenho das concessionárias, sendo adotada a implantação de um modelo onde a segurança para pessoas e animais seja priorizada, é imprescindível para estancar a perda de vidas [27], o que, tristemente, tende a cair no esquecimento e na impunidade. [28]

4)  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA. Salto, SP: Abracopel, v. 1, 30 mar. 2022. Anual.

[2] RANGEL Jr., Estellito (org.). CABUM!. Explosões na rede subterrânea. 2010. Registro de notícias. Disponível em: https://bit.ly/32Rftd3. Acesso em: 15 jun. 2023.

[3] GUIMARÃES, Rafaela Filomena Alves. Sistemas de distribuição. São Paulo: Know How, 2016. 344 p.

[4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 65 p.

[5] DOIS MORREM EM SP APÓS ANDAIME ENCOSTAR NA REDE ELÉTRICA. São Paulo, 26 set. 2013. Disponível em: https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/09/dois-morrem-em-sp-apos-andaime-encostar-na-rede-eletrica.html. Acesso em: 20 jun. 2023.

[6] RANGEL Jr., Estellito. Mais quatro mortos devido à rede aérea de média tensão em cabos nús! 1ed. Rio de Janeiro, 4 jan. 2016. LinkedIn: @Estellito. Disponível em: https://bit.ly/2AK49RL. Acesso em: 20 jun. 2023.

[7] O QUE fazer se bater o carro em poste de energia? Produção de Puget Sound Energy. Washington: PSE, 2016. (5 min.), son., color. Legendado. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5r1BTKPAmm0. Acesso em: 10 jun. 2023.

[8] SOUZA, William Alves de. Interferências eletromagnéticas por descargas atmosféricas em redes de distribuição blindadas (rdi) que utilizam equipamentos não blindados. 2012. 44 f. Monografia (Especialização) – Curso de Sistemas Elétricos de Potência, UFMG, Belo Horizonte, 2012.

[9] PARADELO Jr., Romildo de Campos. Proteção de sobrecorrente em sistemas de distribuição de energia elétrica através de abordagem probabilística. 2016. 247 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Engenharia, Engenharia de Energia e Automação Elétricas, USP, São Paulo, 2016.

[10] Overhead powerline safety awareness project India. Institute of Electrical and Electronics Engineers, IEEE, Special Interest Group on Humanitarian Technology- SIGHT. Disponível em: https://sight.ieee.org/project-highlights/overhead-powerline-safety-awarenss-project-india/ . Acesso em 20 jun.2023.

[11] CONSCIENTIZAÇÃO para os acidentes com eletricidade e sua prevenção. Produção de IEEE India. Hyderabad: Wings And Oars Media Comm, 2019. (15 min.), mp4, son., color. Legendado pelo eng Estellito Jr. Disponível em: https://bit.ly/2Z1r2xh

[12] SANTOS, Marcelo Costa et al. Detecção de faltas de alta impedância em redes de distribuição: um estudo de caso. In: ELECTRICAL SAFETY WORKSHOP BRASIL, 10., 2021, Virtual. Anais […] . São Paulo: IEEE, 2021. p. 25-30.

[13] William O’Brien, Eric Udren, Kamal Garg, Dennis Haes, e Bala Sridharan. Catching falling conductors in midair – Detecting and tripping broken distribution circuit conductors at protection speeds. In: 69th ANNUAL CONFERENCE FOR PROTECTIVE RELAY ENGINEERS, 2016. Disponível em: https://discover.selinc.com/l/885633/2022-01-24/526pf

[14] MELLO, João Canellas P.. Distribuição de Energia Elétrica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1976. 98 p.

[15] CABUM!: Normas e tecnologias Ex. Normas e tecnologias Ex. 1997. Histórico de explosões. Disponível em: http://www.cabum-ex.net.br/historico_explosoes.htm. Acesso em: 15 jun. 2023.

[16] MILLAZO, Daniel. Mais de dois meses após acidente, turista atingida por explosão de bueiro no Rio recebe alta. 2010. UOL. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2010/09/06/mais-de-dois-meses-apos-acidente-turista-atingida-por-bueiro-no-rio-recebe-alta.htm. Acesso em: 10 jun. 2023.

[17] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 209 p.

[18] CUNHA, Antonio Paulo da; VAZ, Luiz Eduardo Pereira (org.). Redes de distribuição subterrâneas de energia elétrica. Rio de Janeiro: Synergia, 2014. 228 p.

[19] ANEEL. Indicadores de segurança do trabalho e das instalações. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Brasil, 2021. Disponível em:

<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/IndicadoresSegurancaTrabalho/pesquisaGeral.cfm>. Acesso em: 26 jun. 2023.

[20] ABRACOPEL . Os riscos próximos à rede aérea. https://abracopel.org/blog/noticias/os-riscos-proximos-rede-aerea/  acessado em 20/6/23.

[21] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15688: Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nús. 2 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. 158 p.

[22] RANGEL Jr., Estellito. Explosion Risk in Underground Networks: measures for preventing manhole explosion events. IEEE Industry Applications Magazine, New York, v. 20, n. 5, p. 58-63, 10 set. 2014. Bimensal.

[23] RANGEL Jr., Estellito. Explosões em redes subterrâneas de distribuição: parte 1 – histórico e pseudocausas. Eletricidade Moderna, São Paulo, v. 47, n. 543, p. 34-39, 10 jun. 2019. Mensal. Disponível em: https://bit.ly/43V0c8d. Acesso em: 9 jun. 2023.

[24] RANGEL Jr., Estellito. Explosões em redes subterrâneas de distribuição: parte 2 – causa real, equívocos e soluções. Eletricidade Moderna, São Paulo, v. 47, n. 544, p. 50-55, 10 jul. 2019. Mensal. Disponível em: https://bit.ly/43V0c8d. Acesso em: 9 jun. 2023.

[25]  DF. Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica. Ministério de Minas e Energia. CONTRATO DE CONCESSÃO 001/96: para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, que celebram a união e a Light Serviços de Eletricidade S.A. Brasília: MME, 1996. 32 p. Disponível em: https://antigo.aneel.gov.br/web/guest/contratos-de-distribuicao. Acesso em: 18 jun. 2023.

[26] ANEEL. Resolução nº 956, de 7 de dezembro de 2021. Resolução Normativa 956: Estabelece os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST. Brasília, DF: DOU, 15 dez. 2021. v. 235, Seção 1, p. 125-280.

[27] RANGEL Jr., Estellito. Projeto de redes de distribuição seguras para a população. In: ELECTRICAL SAFETY WORKSHOP BRASIL, 11., 2023, Anais. São Paulo: IEEE, 2023. 

[28] DIAS, Pâmela. Postes com fios soltos causaram mais de 4 mil mortes, mostra levantamento. 2024, O GLOBO. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2024/08/19/postes-com-fios-soltos-causaram-mais-de-4-mil-mortes-mostra-levantamento.ghtml. Acesso em: 10 out 2024.

Sobre o autor

Estellito Rangel Junior é Engenheiro Eletricista, consultor em sistemas industriais, atmosferas explosivas e segurança em eletricidade.

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