Dados da CCEE são referentes ao período anterior ao agravamento dos impactos causados pela disseminação do COVID-19
O consumo de energia elétrica no Brasil na primeira quinzena de março registrou uma leve alta de 0,4% frente ao mesmo período do ano passado. O volume consumido alcançou os 64.779 megawatts (MW) médios. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (18) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, são referentes ao período anterior ao agravamento dos impactos causados sobre a economia pela disseminação do COVID-19, conhecido como coronavírus. Os dados constam do boletim InfoMercado Quinzenal, publicado no site da organização (www.ccee.org.br).
O crescimento apresentado nesta prévia decorre principalmente do efeito do feriado de Carnaval, que em 2019 ocorreu no dia 05 de março. Já neste ano, as festas foram celebradas em fevereiro, o que adiantou a redução do consumo nos segmentos comercial e industrial. As temperaturas mais amenas registradas entre o dia 1º e 15 limitaram o aumento no volume consumido.
No Ambiente de Contratação Regulada – ACR, o consumo apresentou retração de 2,0%, principalmente em decorrência da migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Excluindo-se o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 0,1%. O consumo no mercado livre, por sua vez, apresentou crescimento de 6,0%. Desconsiderado o impacto da migração, contudo, o ACL apresentaria aumento mais modesto, de 0,9%.
Os segmentos que registraram maior crescimento, considerando autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, foram: saneamento (23,8%), comércio (18,0%) e manufaturados diversos (13,2%). Os ramos de atividade que apresentaram o pior desempenho foram transporte (-7,6%) e extração de minerais metálicos (-6,2%).
Geração. A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN também apresentou elevação na primeira quinzena de março. Com 68.468 MW médios, a produção registrou aumento de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A alta foi observada nas usinas hidráulicas (7,2%) e fotovoltaicas (17,9%), com redução de 20,0% das usinas térmicas e de 38,9% das usinas eólicas.