A pergunta no título deste artigo ecoa no pensamento de boa parte dos empresários industriais no país. A automação industrial no Brasil ainda dá seus primeiros passos em comparação com os países desenvolvidos, como Japão, Estados Unidos e países da União Europeia.
Em um mercado global cada vez mais competitivo, a busca pela lucratividade pode ser feita por meio do aumento da produtividade, que, por sua vez, pode ser obtida com o uso da automação das linhas de produção.
Em pesquisa publicada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2016 sobre o uso da tecnologia nas indústrias, 58% delas já identificaram a adoção de tecnologias digitais como um fator importante para se manterem competitivas apesar de um percentual menor, de 48%, adotarem as tecnologias consideradas na pesquisa. Entre os benefícios esperados, 54% dos respondentes esperam reduzir custos operacionais e 50% esperam aumentar a produtividade.
A crise recente que afeta a indústria nacional deixa os empresários e os investidores receosos, porém há de se considerar que se trata de um fenômeno cíclico e não deixar de se atentar às iniciativas no mercado internacional em busca de eficiência e inovação, como a Indústria 4.0 ou a IIot (Industrial Internet of Things). Ou seja, boa parte dos competidores internacionais não congelaram investimentos tecnológicos e estão aperfeiçoando suas linhas de produção, dando um salto de qualidade capaz de abrir uma larga distância de competitividade comparando com as empresas nacionais. Portanto, quem não investir em automação e/ou em tecnologia em geral, pode acabar ficando para trás na corrida pelo mercado.
Para dar o primeiro passo, é necessário buscar parceiros e fornecedores de marcas renomadas, com vasta experiência, produtos reconhecidos pelo mercado, suporte técnico e uma rede de atendimento global para qualquer necessidade de manutenção ou atualização de equipamentos.
Além disso, é crucial um bom planejamento, levantando as necessidades e cronogramas, além de definir os responsáveis para que, ao final, o prazo de retorno de investimento seja atingido. Ou seja, a crise econômica será um divisor de águas entre as empresas que vão se destacar e se preparar para uma retomada da economia e aquelas que por receio, poderão ficar para trás na corrida pelo mercado.
Por Hélio Hideo Sugimura, formado em engenharia elétrica pela PUC-SP e gerente de marketing da Divisão de Automação Industrial da Mitsubishi Electric do Brasil.
Edição 134 – Março 2017