Nesta coluna, falaremos sobre um dos mais importantes cômodos de uma residência: as salas de estar.
Uma das áreas mais importantes de uma residência é a sala de estar, que pode também ser um espaço de convivência, jantares, festas, até um local para assistir a um bom filme.
O que mais precisamos estar cientes é de que a iluminação deve ser planejada para estar absolutamente alinhada ao layout, às cores, aos diferentes usos e momentos do ambiente. Assim, não é admissível o desenvolvimento de qualquer solução sem o conhecimento detalhado do interior do espaço.
Como será o layout? Onde estarão as pessoas? Quando estarão utilizando? Como será a pintura do espaço? Como será a disposição de quadros e esculturas? Enfim, como o espaço será composto?
Figura 1 – Layout do ambiente.
Fonte: http://www.decorlock.pics/architecture-exciting-interior-design-layouts-inspiration.html
É fundamental entender o layout, o posicionamento dos móveis e as posições de interesse. E se não tivermos esta definição no momento da concepção do projeto elétrico? Minha sugestão é considerar a utilização de um forro abaixo da laje, distribuir os pontos de alimentação e aguardar a definição do layout.
E se não pudermos utilizar forro? Então, precisamos combinar com a arquitetura qual o próximo passo, definir pontos básicos e trabalharmos com trilhos e sistemas externos.
Figura 2 – Sistemas externos de iluminação.
Fonte: https://goo.gl/images/PIkXv8
Quanto mais pudermos evitar o famoso “ponto central na sala” melhor, pois os espaços são muito complexos, com propostas de decoração interessantes para serem iluminadas somente por pontos centrais.
Quais os sistemas que devemos prever? Basicamente, temos o sistema de iluminação geral, que nos dará a ambiência do espaço.
Figura 3 – Exemplo de iluminação geral.
Fonte: https://goo.gl/images/suQvqH
A iluminação geral pode ser composta por:
- Sancas;
- Focos;
- Pendentes;
Este sistema deve ser desenvolvido considerando o resultado geral do espaço. Outro sistema importante é o da valorização pontual, dos destaques.
Este sistema pode ser composto por:
- Trilhos;
- Embutidos;
- Spots;
Figura 4 – Exemplo de iluminação pontual.
Fonte: https://goo.gl/images/RAXIiR
A luz de leitura é um sistema também importante, pois permite uma utilização adequada quando o momento de relaxamento for desejado.
Figura 5 – Iluminação de leitura.
Fonte: https://goo.gl/images/fprn0h
Flexibilidade
É muito importante estabelecer os diferentes modos de iluminação de um ambiente, como as salas de estar, pois são utilizadas diferentemente em momentos distintos.
Assim, sempre recomendo a utilização de sistemas de dimerização que possibilitem a criação de cenas de luz programadas, deixando seus espaços adequados para os diferentes momentos.
É possível controlar uma casa inteira ou somente um cômodo, como a sala de estar, utilizando-se equipamentos alinhados com a Internet, possibilitando muitos benefícios e comodidade, como economia de energia.
Figura 6 – Automação da iluminação.
Fonte: https://goo.gl/images/6HDAOJ
Para isso, devemos ter bem definidos quais os equipamentos a serem acionados e as zonas de luz, ou quais equipamentos funcionam como grupos de acionamento, definindo, assim, a potência de cada zona.
Isto é importante para o bom dimensionamento dos sistemas de dimerização e sua devida programação.
Conclusão
Desenvolver os sistemas de iluminação residenciais exige o conhecimento profundo da decoração e layout dos espaços, uma integração com a arquitetura de interiores e os proprietários, pois muitas são as expectativas deles sobre seu futuro lar.
Definir os sistemas é uma primeira etapa, circuitos e zonas de luz, passando depois para o estabelecimento do design das peças, o que exige outras referências estéticas. Definitivamente, os engenheiros devem ficar preocupados, porém, nada melhor do que o trabalho conjunto com um lighting designer ou um profissional que saiba o que está sendo projetado, não?
No próximo artigo, falaremos sobre a iluminação dos ambientes externos de uma residência.
Até lá!