Transições de Estado promovidas por dispositivos de manobra podem impor ao sistema diversos comportamentos, dependendo da sincronicidade das fases que alimentam esses dispositivos que a efetuam, desde transitórios com tensões descoordenadas ou até aqueles promovidos por sistemas estáticos sincronizados em microssegundos.
As tensões poderão ser superiores àquelas que um regime permanente poderia suportar e, mesmo a presença de elementos supressores deve ser coordenada pelo bem da normalidade da produção e do sistema ou os barramentos poderão colapsar.
Tensões entre as camadas podem gerar fugas de corrente com altas frequências, a falta de filtros e ligações equipotenciais poderá impor efeitos avalanches indesejáveis. Um aterramento de partes vivas não será tolerado pelo sistema.
A coordenação da proteção é fundamental e se o relé diferencial for acionado é sinal que algo de grave ocorreu. Pior, se não forem sensibilizados.
Sistemas operacionais que se mostraram falhos no passado só poderão operar adequadamente se devidamente revisados, com nova estrutura de hardware, firmware e, fundamentalmente, “humanware”. Ainda, os arquivos não poderão ser corrompidos.
Orçamentos adequados e boa gestão devem ser fiscalizados até pelos usuários mais convictos do sucesso da operação. O equilíbrio do sistema dependerá de tripla sustentação com alta potência de curto-circuito.
A integração a sistemas externos deve ser gerenciada com precisão e qualidade, sob pena de irreversibilidade e assimilação de plataformas não compatíveis e natural desajuste estrutural. Equipamentos devem ser sustentáveis e econômicos, consumo exagerado pode ser sinal de um programa de Medição e Verificação inadequado.
Um constante treinamento das equipes e percepção aguçada merece atenção para evitar repetição de incorreções de projetos que secaram até os poços de petróleo em passado não tão remoto.
Que os investidores possam continuar a sua missão sem sobressaltos ou assaltos.
Autor:
Por José Starosta, diretor da Ação Engenharia e Instalações e presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE) [email protected]