Vamos ajudar a controlar o incêndio

Se queremos controlar um incêndio jamais devemos jogar gasolina no fogo. Por mais óbvia que pareça essa afirmação, é isso que ocorrerá se não for realizada a gestão adequada das redes subterrâneas que suprem o país no momento de crise que passamos.

Muitos hospitais no país estão localizados em regiões centrais de grandes cidades, em que a rede de distribuição é subterrânea. Alguns deles, que não estão instalados nessas localidades ou que a cidade não proporciona esse tipo de rede, possuem circuitos subterrâneos construídos de forma exclusiva para o seu próprio atendimento, tendo em vista a maior confiabilidade desse tipo de rede em relação a aérea.

A maior confiabilidade da rede subterrânea é proporcionada à medida que as manutenções são realizadas de forma adequada e, se isso não ocorrer, o sistema de saúde que já está sobrecarregado pode enfrentar um cenário ainda pior caso haja falta de energia elétrica. Seria realmente como jogar gasolina no incêndio que representa a situação de emergência que vivem os hospitais do País.

Então, o que é possível fazer para ajudar a controlar esse incêndio? A resposta para essa pergunta tem um objetivo bem específico, que é manter as redes elétricas operando de forma confiável. Esse objetivo ajuda a não agravar ainda mais a situação que estamos vivendo, não apenas nos hospitais, mas em toda a nova rotina de vida das pessoas.

Contudo, é preciso ponderar que manter as redes subterrâneas operando de forma confiável não significa expor os profissionais de manutenção a atividades que não permitam o isolamento social determinado pelo governo. Tanto os profissionais das empresas de distribuição de energia, como as equipes de manutenção dos hospitais e demais indústrias que possuem cabos elétricos de média tensão próprios em sua infraestrutura podem desenvolver ações de manutenção preventiva e preditiva que preservem o isolamento social das pessoas.

Primeiramente, é importante evitar a sobrecarga das redes, o que pode ser feito por meio de monitoramento da carga elétrica. Esse monitoramento pode ser realizado  de qualquer local quando há um sistema de gerenciamento/automação implantado ou pode ser uma simples inspeção nas instalações que possuem apenas indicadores locais.

As intervenções físicas seriam necessárias apenas em caso da necessidade de se realizar manobras para distribuição da carga, em que não haja recursos para acionamento remoto.

Em condições normais de  operação, os cabos elétricos de média tensão são submetidos periodicamente a medições de tangente delta, que correspondem a um ensaio que avalia as correntes resistividades e capacitivas que circulam pelo material isolante quando submetido a uma tensão.

As equipes de manutenção podem aplicar o resultado destas medições já realizadas no passado em software com capacidade de projetar a expectativa de vida destes cabos. Os cabos que apresentarem a perspectiva de baixo nível de deterioração da sua isolação poderão operar sem nenhuma intervenção física no curto prazo e com elevado nível de confiabilidade.

Apenas os cabos que indicarem o potencial de falha em um curto período de tempo é que devem passar por intervenções físicas. Neste caso, o acionamento da atuação das equipes de manutenção é reduzido, sendo necessário apenas em casos em que efetivamente haja indicação iminente de falha.

Outro recurso que pode ser empregado em situações como essa corresponde à realização da medição online de descargas parciais na rede elétrica subterrânea. Nas terminações dos cabos podem ser instalados dispositivos que permitem de forma online acompanhar a existência de fenômenos de descargas elétricas parciais, de forma que apenas será necessária intervenção em casos onde essas descargas apontem para o agravamento da situação em uma rede.

Portanto, recursos existem. A tecnologia nos proporciona muitas formas de trabalho e diversas ações que podem ser desenvolvidas para que possamos assegurar a confiabilidade da rede elétrica, e assim, ajudar a controlar esse incêndio.

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